Abraão Avelino da Fonseca, segundo acusado no caso Alph, foi absolvido em júri popular nesta quinta-feira (13) no Fórum Criminal de João Pessoa. O réu estava foragido desde 2020 e compareceu diretamente ao julgamento, onde respondeu por homicídio qualificado e ocultação de cadáver do estudante Clayton Tomaz de Souza, conhecido como Alph.
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De acordo com informações apresentadas no júri, a defesa sustentou que dados da quebra de sigilo telefônico indicaram que o celular de Abraão não estava na mesma localização que o de Alph nem que o de Selena Samara Gomes da Silva, primeira acusada no caso. Selena foi condenada em 2024 a 17 anos de prisão. As dúvidas levantadas pela defesa foram acatadas pelos jurados, e o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior determinou a absolvição e soltura de Abraão, conforme prevê a soberania do júri.
O Ministério Público da Paraíba informou que recorrerá da decisão.
Relembre o caso
O corpo de Alph foi encontrado no dia 8 de fevereiro de 2020, em uma área de mata próxima à estrada de Gramame, dois dias após o crime registrado na Comunidade do Aratu. Segundo a denúncia apresentada pelo MPPB, a vítima teria sido levada por Selena e Abraão em um carro até a comunidade, onde teria ocorrido o disparo que provocou a morte. O corpo foi abandonado no porta-malas do veículo.
A investigação apontou ainda que o crime teria sido motivado por um desentendimento envolvendo um triângulo amoroso. Depoimentos de testemunhas, dados de telefonia e vestígios de sangue no veículo de Selena foram utilizados na denúncia. A promotoria também verificou possíveis conflitos envolvendo Alph na Universidade Federal da Paraíba, mas não encontrou indícios que justificassem o aprofundamento dessa linha investigativa.
O processo seguirá agora para análise de recurso do Ministério Público.