Artes

Nesta sexta-feira, Pedro Bastos abre instalação ‘Semilla’ no Cineport

Cineport


11/04/2014



O diretor de cinema e artista plástico português Pedro Bastos está lançando nesta sexta-feira, 11, a exposição ‘Semilla’ (semente, em espanhol) no Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (Cineport). A instalação reúne vários objetos obsoletos que já foram utilizados pela Enegisa em Subestações de energia.

{arquivo}A ideia de Bastos foi repetir, de certo modo, a mesma premissa utilizada na cidade de Guimarães, a Capital Europeia da Cultura em 2012, quando ele ocupou uma fábrica falida e trabalhou com os materiais que tinham ficado lá. “Tinha uma exposição de paineis de 3 metros por 3 metros e meio. Tentei não interferir muito no espaço, apenas ocupando”, conta.

Em João Pessoa, inicialmente, o artista tinha proposto fazer a exposição “Eu Sei Que Não São Bandeirinhas, Volpi!”, mas ainda no avião, vindo para a Paraíba, resolveu mudar de ideia e utilizar peças encontradas na própria Energisa.

“Eu queria cada vez menos interferir nessas peças”, conta Bastos. Segundo o artista, apenas mudar as peças de lugar, mudando o seu contexto, já é possível criar um outro sentido para os objetos. “O meu objetivo é tentar não interferir numa peça. Se eu a desloco da sua função elas adquirem outra função, outro sentido. Digamos, que esse é o meu jogo, a minha maneira de trabalhar. Dando uma nova função”.

{arquivo}A instalação com imensos transformadores, e uma espécie de “cápsula gigante”, lembra restos de uma nave espacial em meio ao mato, o coqueiro e as árvores do estacionamento da Usina Cultural Energisa.

A intenção Bastos é lembrar como a semente do coqueiro viaja e acaba sendo transportada através dos mares para outros espaços. Para ele, assim também poderia ser com esses “instrumentos” de um possível nave deixando ou trazendo uma semente sideral.



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