Futebol

Nacional-AM aproveita apatia da Ponte Preta para abrir vantagem

Apatia


10/07/2013



 Se no discurso o grupo da Ponte Preta prometeu deixar o dilema entre Copa do Brasil e Sul-Americana de lado e jogar para valer contra o Nacional-AM nesta quarta-feira, na prática foi bem diferente. Em noite apática, a Macaca abusou dos erros e pouco se esforçou para encaminhar a classificação em casa. É bem verdade que foram quatro bolas na trave (duas em um mesmo lance). Melhor para o Nacional, que aproveitou o desinteresse dos campineiros para vencer por 1 a 0, com gol de Danilo Rios, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e abrir vantagem na busca por uma vaga nas oitavas de final.

O resultado dá aos amazonenses o direito de jogar pelo empate na partida de volta, dia 24, em Manaus, para avançar e fazer história. Se passar, o Nacional será o primeiro time do estado a chegar às oitavas da Copa do Brasil. À Macaca, resta vencer por dois gols de diferença. Caso fique pelo caminho, a Alvinegra campineira garantirá participação na Sul-Americana. Do contrário, a continuação no torneio nacional implica a perda do direito de disputar a competição continental.

É nesta encruzilhada que a Ponte entrou em campo nesta quarta com um time misto, formado em sua maioria por reservas. A maioria deles, apesar da chance de mostrar serviço, mostrou desinteresse. Chiquinho e Alemão, desde o início, e Adrianinho, que entrou na etapa final, foram os que tentaram algo de diferente. O primeiro acertou a trave em duas cobranças de falta. Alemão teve azar ao testar firme e ver a bola bater nas duas traves. O Nacional foi mais efetivo. Em uma das poucas chances dos visitantes, Danilo Rios concluiu de primeira, com precisão, no segundo tempo, para definir o placar. No fim, a torcida vaiou a postura da Ponte. O público no Majestoso foi de 2453 pagantes, com R$ 16.746,00 de renda.

Antes de decidir o futuro na Copa do Brasil, os times voltam as atenções para o Campeonato Brasileiro. Pela Série D, o Nacional retorna a campo dia 21, contra o Paragominas, em casa, para tentar manter o aproveitamento de 100% na competição. Na elite nacional, a Macaca enfrenta o Bahia, sábado, às 21h, novamente no Majestoso. É a chance de a equipe se reabilitar diante da torcida. Foi a quarta derrota consecutiva como mandante – antes, havia caído para São Paulo, Atlético-PR e Botafogo.

Falta vontade de um lado e qualidade do outro

Com uma cobrança de falta na trave de Chiquinho no minuto inicial, a Ponte Preta passou a impressão de que daria de ombros para o dilema entre Copa do Brasil e Sul-Americana. Mas só pareceu. No restante do primeiro tempo, a Macaca teve uma atuação apática. A defesa dava espaços para o Nacional, com uma marcação frouxa. O meio deixou os visitantes jogarem e também não abasteceu o ataque, que, por sua vez, não se movimentava para aparecer. Enfim, a Ponte se esforçou para deixar a partida equilibrada.

Alheio à postura da Macaca, o Nacional tomou a iniciativa das jogadas ofensivas. Mas, se sobrava vontade, faltava qualidade aos amazonenses. Felipe, livre na entrada da pequena área, mandou para fora. Danilo Rios também teve chance de marcar ao pegar uma sobra de primeira. César cortou. Quando colocava a bola no chão e forçava um pouco mais, a Ponte levava perigo. Foi assim em desvio de cabeça após cruzado de Roger Gaúcho, nos acréscimos. E foi só o que a Ponte produziu: uma jogada no começo e outra no fim.

Eficiência dá vitória ao Nacional

Os times voltaram do intervalo sem mudanças e com o mesmo comportamento. Sem criação, a Ponte abusava da ligação direta, beneficiando a defesa do Nacional. Isolado na frente, Alemão teve duas oportunidades, mas falhou em ambas. Na primeira, demorou a bater e foi desarmado. Depois, cabeceou com perigo.

Carpegiani tentou alterar o panorama com as entradas de Rildo e Adrianinho nos lugares de Everton Santos e Roger Gaúcho, respectivamente. Com as substituições, a Ponte melhorou. Foram dos pés deles que saíram os lances mais perigosos da Macaca. Da entrada da área, Adrianinho bateu forte, encobriu Igor, mas a bola subiu muito e foi para fora. Na sequência, o meia lançou para Rildo tocar na saída Igor, que desviou o suficiente para evitar o gol.

Quando a Ponte começava a controlar o jogo, o Nacional abriu o placar. Aos 29 minutos, Erick cruzou da direita e encontrou Danilo Rios livre na segunda trave. O meia pegou de primeira e mandou no canto esquerdo de Roberto. Até então, os visitantes se mostravam satisfeitos com o empate, priorizavam a marcação e só saiam na boa.

Foi só ficar em desvantagem para a Ponte voltar a forçar um pouco mais. Em outra cobrança de falta, Chiquinho carimbou a trave após desvio de Igor. Rildo, de cabeça, também chegou perto de marcar. Também pelo alto, Alemão testou firme e carimbou as duas traves. O atacante foi quem mais tentou no fim. Ele ainda assustou Igor em um chute da entrada da área. Foi o último lance perigoso do jogo. A vantagem para o jogo da volta é do Nacional.



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