Futebol

Na volta de Renato, Vargas faz dois gols e Grêmio vence o Botafogo

Na Série A 2


14/07/2013

Renato Gaúcho está de volta aos braços dos tricolores. E com vitória, do jeito que a torcida se acostumou a ver o Grêmio embalado pelo maior ídolo de sua história em solo gaúcho. O palco já não é mais o Olímpico. Agora ele foi abraçado em uma moderna arena que leva o nome do clube. Como uma reverência ao treinador no dia em que ele voltou a comandar o time em Porto Alegre – estreou contra o Atlético-PR, no Paraná -, Vargas fez o que Renato sabia bem: gols. Foram dois. Seedorf, com uma pintura, diminuiu o placar para 2 a 1, em partida válida pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

O tempo, porém, é outro. E Renato não ouve só gritos de incentivo, explosão de alegria e ovação. Famoso pela fama de conquistador, terá de conviver com os elogios aos montes para sua filha Carol Portaluppi, de 19 anos, como o cartaz que dizia: “Carol, esse cara sou eu”. Ela estava lá, ao lado de familiares do técnico, acompanhando a partida do estádio.

Com a vitória, o Grêmio chegou a 12 pontos e pulou para quinto. O Botafogo, por sua vez, perdeu a liderança para o Coritiba, que venceu o clássico com o Atlético-PR, e caiu para terceiro. Enquanto o Tricolor voltará a campo no próximo sábado, contra o Criciúma, no Heriberto Hülse, os alvinegros recebem o Náutico em São Januário, no mesmo dia.

Vargas em dia de Renato Gaúcho

Foram cinco minutos em que quem parecia estar em casa era o Botafogo. Na alternância tática de jogadores na frente, o volante Renato apareceu como elemento surpresa para mostrar que a festa para Renato pouco importava para os alvinegros. A finalização de primeira passou por cima do gol. Depois foi a vez de Lodeiro fazer a vez de atacante. Não fosse uma furada no momento do chute e uma gota de água cairia no chope tricolor.

Mas o céu de puro azul viria a desanuviar. Alex Telles cruzou da esquerda para Vargas chutar de primeira e mostrar que, em tarde de festa para Renato, é assim que a coisa precisa funcionar.

O problema era combinar isso tudo com Seedorf. O holandês distribuía passes com a facilidade que lhe é peculiar. O problema é que o ataque não funcionava em um primeiro tempo bem apagado de Lodeiro. Vitinho arriscava os lances em velocidade, mas faltava o toque final. Então Seedorf pegou a bola, driblou dois adversários e fez um golaço. Pior para seu ex-companheiro de Milan. No futebol brasileiro o goleiro Dida precisa conviver com a precisão do meia agora como adversário.

Aí veio uma falta. Estava lá o mesmo Alex Telles, dono de uma assistência, para mandar para a área. A defesa tirou parcialmente, Werley insistiu em devolver para a área e Kleber foi na direção da bola. Mas Vargas queria angariar mais pontos com o chefe e, de novo de primeira, mostrou que em tarde de Renato, é assim que a coisa precisa funcionar. O problema é que o bandeirinha Marcelo Van Gasse havia marcado impedimento de Kleber. O árbitro Paulo Cesar Oliveira chamou a responsabilidade e validou o lance. Van Gasse disse: “Ele está certo”. Só não convenceu os alvinegros, que reclamaram muito.

Pressão do Botafogo

A chuva que caia na Arena Grêmio apertou no segundo tempo. E o chope começava a ficar com cara de aguado. O Botafogo passou a pressionar com intensidade, com posse de bola superior. A defesa segurava como era possível. Contava também com a tarde pouco inspirada de Lodeiro e Vitinho. O uruguaio errava passes fáceis e não ajudava a desenvolver as jogadas. Marcelo Mattos contribuiu. O volante perdeu um gol livre na área. Desta vez, Dida salvou. Mattos ainda levou um amarelo, e agora está suspenso para o próximo jogo.

Oswaldo de Oliveira percebeu e tratou de tirar os dois para as entradas de Henrique e Elias. Seguiram os cruzamentos na área, os escanteios em sequência, mas um bloqueio da zaga adversária complicava a missão do Glorioso. Bressan chegou a tirar no limite o que seria um chute de Henrique quase na pequena área.

A torcida ficou apreensiva. Os gritos mais altos eram ouvidos só no momento que Bolívar, ex-Inter, dominava sozinho no campo defensivo. Os minutos passaram, Henrique perdeu outra boa chance. Vargas saiu para Cris reforçar a zaga. Passaram cinco minutos de acréscimo e, em tarde de Renato, é assim que a coisa precisa funcionar.



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