Artes

Mostra Nordeste de Artes Visuais chega a Campina Grande

Intinerante


09/03/2014



Campina Grande recebe a Mostra Nordeste de Artes Visuais, exposição itinerante de arte contemporânea que tem circulado os estados nordestinos com diversas obras de artistas plásticos da região. A exposição ficará aberta para visitações gratuitas entre os dias 11 de março, com vernissage às 19h, até 19 de maio, no Museu Assis Chateaubriand (MAC).

Após ter passado por Recife (PE), Natal (RN) e Fortaleza (CE), a Mostra chega à Paraíba, tendo como principal objetivo levar ao público um recorte da arte contemporânea produzida por artistas nordestinos e incentivar a circulação de produções locais, além do aumento da troca de informações entre artistas, público e entidades do setor.

A exposição busca apresentar uma paisagem contemporânea das artes visuais nordestinas, cuja produção vem se solidificando nas últimas décadas. Participam da Mostra um grupo de 18 artistas dos nove Estados nordestinos. Nela, são apresentados trabalhos de Ulisses Lociks e Jeanine Toledo (Alagoas), Galo Matos e Ieda Oliveira (Bahia), Waléria Américo e Yuri Firmeza (Ceará), Thiago Martins (Maranhão), Christus Nóbrega e Íris Helena (Paraíba), Bruno Vilela e Juliana Notari (Pernambuco), Jacob Alves, Bebel Frota, César Costa e Elielson Pacheco (Piauí), Sofia Bauchwitz e Marcelo Gandhi (Rio Grande do Norte), e Elias Santos (Sergipe).

A curadoria foi feita pelo artista plástico e professor de mestrado em Artes Visuais das universidades federais de Pernambuco e da Paraíba, José Rufino. De acordo com o curador, além do fato de serem nordestinos, os artistas selecionados para a mostra têm em comum produções que não se limitam às questões regionais. O professor comenta que o cenário da produção contemporânea, hoje, é mais fértil do que a das décadas anteriores, graças às novas tecnologias, que permitem maior interação entre artistas, público e pesquisadores. Ele explica que, por isso, a mostra segue um direcionamento que combina com o “ambiente globalizado” atual.

O diálogo entre cada criador, obra, público e contexto em que todos estão é um dos critérios para a seleção dos artistas. Segundo Rufino, as artes visuais prestam um serviço ao cidadão, quando contribui na formação de um senso crítico. Para o professor, a arte precisa “nos despir de ideias pré-concebidas”, provocar questionamentos e gerar a transcendência do olhar. “Aí sim, estamos diante de uma ação verdadeiramente transformadora”, avalia.

Rufino defende que a produção contemporânea de arte é fortalecida por três fatores: contatos, referências artísticas e conceituais, e produção constante. Eles contribuem para que os curadores conheçam novas obras. “As criações precisam circular, porque arte é movimento. E neste aspecto o Nordeste segue a sua trajetória em alta velocidade. O que estamos trazendo é uma chance para o público não perder de vista o que está sendo produzido atualmente”, concluiu.

A realização da mostra tem também como objetivo fortalecer o intercâmbio e a difusão da produção nordestina em artes visuais, ação avaliada como fundamental pela gerente operacional de Artes Visuais da Secult-PB, Camila Geracelly. “A circulação de obras artísticas impulsiona a discussão sobre a arte como reflexo do tempo em que esta se insere, além de promover a troca de conhecimento e aprendizado no sentido de democratizar a educação cultural, despertando o olhar sobre as formas de expressão artísticas contemporâneas, fomentando a criação de público e o conhecimento sobre a arte produzida na atualidade”, concluiu.

Na Paraíba, a Mostra Nordeste de Artes Visuais é uma realização da Secult-PB, da representação Nordeste do Ministério da Cultura (MinC) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em parceria com o MAC e a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A iniciativa da Mostra surgiu de uma articulação do Fórum Nordeste de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, atualmente presidido pelo secretário Chico César. Compõem o Fórum as Secretarias de Cultura dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, do Rio Grande do Norte, Ceará, e Maranhão; e as Fundações de Cultura dos Estados da Bahia e do Piauí e do município de Aracaju (SE).



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