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Morre, aos 70 anos, o cineasta Hector Babenco

AOS 70 ANOS


14/07/2016

Morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 70 anos, o cineasta Hector Babenco. Segundo informações da produtora fundada por Babenco, ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês na terça-feira para um procedimento simples, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória às 22h50. A informação da morte foi confirmada pelo hospital.

Considerado um dos cineastas mais importantes do Brasil, ele foi indicado ao Oscar de melhor diretor em 1985, por "O Beijo da Mulher-Aranha". Também foi responsável por filmes que foram marcos do cinema nacional, como "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1980) e "Carandiru" (2003).

Colocando um ator-mirim da periferia, Fernando Ramos da Silva, para contracenar com Marília Pêra, no papel da prostituta Sueli, Babenco foi consagrado internacionalmente com "Pixote". O filme foi indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e venceu como filme estrangeiro no prêmio dos críticos de Nova York.

"Carandiru" é baseado no livro "Estação Carandiru", de Drauzio Varella, que aborda o cotidiano na extinta Casa de Detenção, mais conhecida como Carandiru, em São Paulo, antes e durante o massacre de 1992.

Nascido na Argentina, Babenco vivia no Brasil desde os 19 anos de idade e se naturalizou brasileiro em 1977. Nos anos 1990, tratou de um linfoma nos anos 1990 e em seu último filme foi "Meu Amigo Hindu", decidiu contar a história de um diretor e sua luta contra o câncer. O alter ego de Babenco foi vivido pelo americano Willem Dafoe. "E esse é o filme que a morte me deixou fazer", o cineasta já havia dito ao UOL.

Mas ao divulgar o filme em São Paulo em março deste ano, o diretor quis deixar claro que é uma ficção com elementos de sua vida. "Eu nunca quis dizer com o filme 'olha o que aconteceu comigo'. Essa coisa de autoajuda me irrita.Deter-se no aspecto biográfico é uma limitação para o filme". 


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