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Moraes revoga prisão de ex-comandante da PM do Distrito Federal que teria se omitido no 8 de janeiro

Segundo o ministro, relatório do interventor Ricardo Cappelli mostra que Vieira "não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança" naquele dia.


03/02/2023

O coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF (Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)



 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revogou na tarde desta sexta-feira (3) a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Vieira.

Ele é investigado e foi preso por supostamente ter sido conivente com os atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro.

Segundo o ministro, o relatório produzido pelo agora ex-interventor federal na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, mostra que Vieira não teve responsabilidade direta no episódio. “O relatório elaborado pelo interventor federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, em princípio, indica que Fábio Augusto Vieira, embora exercesse, à época, o cargo de comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança que resultaram nos atos criminosos ora investigado, além de apontar que o investigado esteve presente na operação, foi ferido o combate direto aos manifestantes e não teve as suas solicitações de reforços atendidas”

Depois de preso, Vieira prestou depoimento e disse que havia tentado desmobilizar o acampamento bolsonarista montado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Na ocasião, oficiais do Exército ofereceram resistência e impediram a ação policial.

Ainda segundo o ex-comandante, os informes de inteligência aos quais teve acesso indicavam que os atos daquele 8 de janeiro seriam pacíficos e que, por isso, não houve mobilização de todo o aparato policial.



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