Saúde

Médicos protestam em pelo menos 13 Estados nesta terça-feira

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16/07/2013

Médicos devem protestar em pelo menos 13 Estados do País nesta terça-feira (16). De acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina), o objetivo é reivindicar contra o programa Mais Médico, que traz especialistas de fora do Brasil sem revalidação do diploma, e os vetos a Lei do Ato Médico, que regulamenta a profissão.

De acordo com carta divulgada pelo CFM, as lideranças médicas dizem acreditar que este pacote prejudica a medicina, a qualidade da assistência, e ainda coloca em risco a vida dos brasileiros.

O texto ainda diz que "apesar das últimas notícias, os médicos devem se manter motivados e, mais do que nunca, mobilizados e unidos em prol de causas comuns. É preciso agir com prudência e de forma estratégica, escolhendo os alvos e as melhores oportunidades".

Nesta sexta-feira (12), o presidente da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), Geraldo Ferreira, disse que os médicos prometem fazer mais três dias de paralisação nacional nos dias 23, 30 e 31 de julho.

— O governo quer precarizar o trabalho do médico colocando ele para trabalhar no interior com bolsa. Além disso, é inaceitável trazer médicos para trabalhar no Brasil sem revalidação de diploma e impor aos profissionais um local fixo de trabalho. Nós não podemos aceitar trabalho escravo. Se o governo quer mais médicos no interior então que faça um concurso público com 20 horas de trabalho semanal dando estabilidade e carreira dentro do serviço público.

Ferreira ainda disse que as últimas ações do governo federal têm "provocado e chocado a categoria médica" e colocado o trabalho dos médicos "em xeque".

— Outra coisa que não podemos aceitar é a ampliação do curso para oito anos. Isso é explorar o trabalho médico. Um trabalho completamente ideológico do governo.

Programa Mais Médicos

O programa Mais Médicos prevê a contratação de médicos para atuar na saúde básica em municípios do interior e na periferia das grandes cidades. O programa foi criado por medida provisória pela presidente Dilma Rousseff e regulamentado por portaria conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde.

Para preencher as vagas, o governo lançou editais: um para atração de médicos, outro para os municípios que desejam receber os profissionais e um terceiro para selecionar as instituições supervisoras. O edital foi aberto a profissionais formados no Brasil e graduados no exterior, inclusive estrangeiros. Os profissionais receberão bolsa federal de R$10 mil mensais, com jornada de 40 horas semanais.



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