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Médicos não acham veia de condenado, e execução é cancelada

INJEÇÃO LETAL


16/11/2017



O estado de Ohio cancelou a execução de um assassino condenado com múltiplos problemas de saúde nesta quarta (15), porque membros da equipe estadual de execução não conseguiram encontrar uma veia para inserir um cateter intravenoso e administrar as drogas letais.

Foi apenas a terceira vez na história dos EUA que uma execução foi cancelada depois que o processo já tinha sido iniciado.

A equipe de execução primeiro tentou aplicar o cateter nos dois braços de Alva Campbell por cerca de 30 minutos enquanto ele estava em uma maca na câmara da morte do estado, e então tentou encontrar uma veia em sua perna direita, abaixo do joelho.

Aproximadamente 80 minutos depois que a execução estava agendada para começar, Campbell, de 69 anos, cumprimentou os dois guardas depois que a inserção parecia ter sido bem-sucedida.

Cerca de dois minutos depois, testemunhas da imprensa foram solicitadas a deixar o local sem serem informadas sobre o que estava acontecendo.

Gary Mohr, chefe do Departamento de Reabilitação e Correção de Ohio, disse que eles lidaram humanamente com a tentativa, mas que as condições das veias de Campbell mudaram desde exames na terça.

Ele disse que cancelou a execução após conversar com a equipe médica. “Foi minha decisão porque não era provável que conseguíssemos acessar veias”, disse Mohr.
Campbell, que deveria ser executado por matar um adolescente durante o roubo de um carro há duas décadas, será enviado de volta ao corredor da morte e uma nova data de execução será decidida, afirmou Mohr.

Policiais o levaram até a câmara da morte em uma cadeira de rodas e colocaram um travesseiro na maca.

Os advogados de Campbell tinham alertado que a morte do detento poderia se transformar em um espetáculo por causa de seus problemas respiratórios e porque um exame tinha demonstrado dificuldades em encontrar veias adequadas para a administração de um cateter intravenoso.

Eles argumentaram que ele estava doente demais para ser executado, e também que deveria ser poupado por causa dos efeitos de uma infância brutal, na qual foi espancado, abusado sexualmente e torturado.

Campbell sofre de problemas respiratórios relacionados a um longo hábito de fumar. Seus advogados dizem que ele precisa de um andador, depende de uma bolsa de colostomia e precisava de tratamentos respiratórios quatro vezes ao dia.

O procurador do condado de Franklin, Ron O’Brien, chamou Campbell de “garoto propaganda para a pena de morte”. Procuradores também dizem que as reivindicações sobre a saúde de Campbell são irônicas, já que ele fingiu paralisia para escapar da custódia da corte no dia do crime pelo qual foi condenado.


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