Paraíba

Manuscritos de mais de 200 anos da Câmara de João Pessoa são descobertos e passam a ser estudados pelo Curso de História da UFPB

Manuscritos de mais de 200 anos, que já foram catalogados e digitalizados, estão sendo usados por alunos do curso


25/10/2024

(Foto: Divulgação)

Portal WSCOM

Alunos do terceiro período do curso de História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão participando de uma Oficina de Iniciação à Pesquisa, nestas quinta-feira (24) e sexta-feira (25), utilizando documentos históricos encontrados da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), datados de mais de 200 anos.

De acordo com o professor do curso de História, Ângelo Pessoa, desde que os documentos foram trazidos da Câmara para a UFPB, os alunos estão estudando, debruçados sobre eles. “É um trabalho complexo, porque são documentos manuscritos de mais ou menos 200 anos, com uma escrita difícil de ser decifrada e transcrita”, afirmou.

Segundo o professor, os documentos foram encontrados na Secretaria Legislativa da Câmara e trazidos para a UFPB, sobretudo pela importância histórica deles, mas também para preservá-los, uma vez que retratam a realidade da época vivida. “Inicialmente fizemos o acerto de levar os documentos para a Casa de José Américo. Mas, por conta da localização da Fundação ser em uma área de praia e os manuscritos terem sido escritos com uma tinta com alto teor de ferro, eles poderiam se deteriorar devido à maresia. Por isso, achamos por bem trazê-los para a Universidade”, acrescentou.

Angêlo Pessoa destacou que, basicamente, os documentos são formados pelos livros de ofícios, os expedidos pela Câmara de João Pessoa para outros órgãos, e algumas correspondências recebidas. “Os manuscritos são do período logo depois da Independência e, particularmente, depois do movimento chamado Confederação do Equador, em que houve um grande enfrentamento político e militar, com uma grande batalha na Paraíba, sobretudo na cidade de Itabaiana”, ratificou.

Para o professor, as oficinas são de grande importância para o amadurecimento dos alunos. “Essa experiência será um lastro para eles, pois não é todo dia que se tem a oportunidade de analisar documentos de 1823 e tentar imaginar o que eles significam, o que está escondido por trás deles, quem escreveu e o que estava pensando quando escreveu”, finalizou.


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