Saúde

Mandetta culpa Bolsonaro pelos 100 mil mortos por coronavírus

"Foi uma somatória de fatores, mas principalmente liderados pela posição do governo, que trocou dois ministros e botou um terceiro que fez uma ocupação militar sem técnicos na Saúde", disse ele


09/08/2020

Na imagem Luiz Henrique Mandetta

Brasil 247



O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em abril, disse neste sábado (8) que a postura do presidente Jair Bolsonaro foi um fator “preponderante” para o Brasil atingir a marca de 100 mil mortes por COVID-19.

A declaração de Mandetta foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.

“Houve uma série de fatores, mas o fator presidente foi preponderante. Ele deu argumento para as pessoas não ficarem em casa. Ele deu esse exemplo e serviu de passaporte para as pessoas aderirem politicamente a essa ideia”, disse.

Segundo o ex-ministro, prefeitos se sentiam pressionados por Bolsonaro para acabar com o isolamento.

“[Prefeitos] veem a popularidade diminuir, e como tem um contraponto político feito pelo presidente, ficam pressionados”, afirmou.

​Mandetta disse também que o governo federal “abriu mão da ciência” e “ficou em um debate menor, que é a cloroquina”.

“Foi uma somatória de fatores, mas principalmente liderados pela posição do governo, que trocou dois ministros e botou um terceiro que fez uma ocupação militar sem técnicos na Saúde”, completou o ex-ministro.

Segundo a plataforma do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 100.477 mortes causadas pela COVID-19 e 3.012.412 de casos confirmados da doença.



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