Artes

Literatura, teatro e circo em foco

Festival de Areia


13/07/2014



 Em sua décima quinta edição, o Festival de Artes de Areia, no Brejo paraibano, oferece ao público 15 oficinas de formação. Três delas serão iniciadas nesta terça-feira (15), segundo dia do evento: uma de literatura, uma de teatro e uma de circo.

“A arte de contar histórias e suas técnicas usadas em sala de aula”, ministrada por Cristiane Leandro, de Campina Grande, acontece somente na terça-feira, das 8h às 12h, no Polo Guantanamera, na sala 1 da Escola Professor João Coutinho. Nesta oficina, educadores e contadores de histórias poderão, através da prática teatral, perceber a narração como mediação entre a leitura e a transmissão do conhecimento.

Já a oficina de teatro é ofertada para artistas, com ou sem experiência, pelo Grupo Artes e Fatos, de Goiânia, até a sexta-feira (18), das 8h às 12h, no Polo Glauber, com o título de “O ator e suas possibilidades”. As crianças também terão a oportunidade nestas terça e quarta-feira de participar da oficina de técnica circense, ministrada pela Abba Circus, de São Paulo, das 8h às 12h, no Polo Gracias a la vida.

Literatura – Também na terça, ainda começa a Feira de Livros com participação das editorias da Universidade Estadual da Paraíba, A União Superintendência de Imprensa e Editoria, Editora Ideia, Sebo Cultural, Catalivro e Livraria do Luiz, realizada no Polo Darcy, na Câmara Municipal, das 8h30 às 19h, até a quinta feira (17). Às 14h30, no Polo Glauber, acontece a mesa-redonda de Artes Visuais, Audiovisual e Literatura na América Latina com Ricardo Tatoo, Michael Wahrmann e Christiano Aguiar.

Debates – Três mesas também acontecem nesta terça-feira, no Polo Soy loco por ti, America, localizado no Auditório da Emater: às 9h45, é a vez de “A Comissão da Verdade da Paraíba”, com exposição de Valdir Porfírio, de Guarabira; às 14h, “Expoentes da Latinoamérica na ficção, poesia e teatro” e às 15h30, “A Literatura Latinoamericana e as ditaduras – o problema da censura”, ambas com exposição de Hildeberto Barbosa Filho.

Circo e contação – Com um espetáculo tradicional, em que reúne várias atrações de equilíbrio, força, superação e muitas palhaçadas, o American Circo realiza apresentações, nestas terça e quarta-feira no Polo Gracias a la vida, às 16h. No mesmo horário, no Polo Carbureto, o público poderá conferir a contação de história “Quem quiser que conte outra!”, da Companhia Pé de Baobá, de Campina Grande. Com Cris Leandro e Anderson Sá, na narração e com a participação do músico Sandrinho Dupan, o grupo irá narrar três contos populares: o primeiro veio do coração da África, o segundo é o conto de repetição musicado e o terceiro, vem do repertório popular.

Arte popular – No mesmo Polo, às 17h, João de Amélia, de Monteiro, apresenta a tradição da gaita de boca, e, logo depois, é a vez dos Cirandeiros do Vale do Gramame, de João Pessoa, com um espetáculo de ritmos e melodias, construído a partir dos aprendizados vivenciados por crianças e adolescentes, na transmissão dos saberes e fazeres das tradicionais ciranda e coco de roda.

O circo também chega ao Polo Gracias a la vida na terça-feira por meio da apresentação de Caminhão de Palhaços, dos Los Iranzi, de João Pessoa. Da união entre o palhaço Chumbinho, interpretado por Tarcísio Junior, e a palhaça Mamadeira, interpretada por Viky Iranzi, em 1997, nasceu a família circense Los Iranzi. Com a chegada de Jujuba, interpretada por Luana Iranzi; Espoleta, que ganha vida com Pedro Iranzi, e Cochinha, interpretada por Manuela Iranzi, a trupe ficou completa. O grupo mantém suas raízes levando a arte aos lugares mais insólitos e carentes de cultura com o intuito de difundir a arte mambembe aos povos.

“Caminhão de Palhaços” é uma montagem inspirada na tradição do circo brasileiro. Através do palhaço popular e de elementos importantes tais como a perna‐de‐pau, malabares, pirofagia, mágicas e canções populares, o espetáculo compõe uma brincadeira simples, pura e verdadeira, bebendo nas manifestações dos folguedos nordestinos, como o reisado, cavalo‐marinho e bumba meu‐boi.

Cinema – O Polo Boal exibe o longa-metragem “Avanti Popolo”, de Michael Wahrmann, a partir das 20h. O filme é uma produção brasileira que narra a tentativa de André de reavivar a memória do seu pai, através do resgate de imagens super-8mm, captadas pelo seu irmão nos anos 70.

Dança – Também às 20h, no Polo Dom José, localizado no Colégio Santa Rita, o Ballet Jovem da Paraíba apresenta o espetáculo Fronteira, trazendo em cena Denilce Regina,Heloá Vidal, Heloisa Alves, Pamella Maysa, Rodolfo Pereira e Tâmara Ribeiro. O trabalho traz como pano de fundo o muro de Berlim e o sofrimento do povo alemão, servindo como metáfora para a avaliação dos muros que a vida contemporânea proporciona.

Música – Para encerrar o segundo dia do Festival de Artes de Areia, o músico recifense Juvenil Silva se apresenta, às 21h, no Polo As Veias Abertas, com um show no formato voz e violão. Juvenil escreve bastante sobre sua cidade e seus distintos personagens. Situações e sensações extravagantes são assíduas em seus versos e em sua pegada.

O músico lançou, em janeiro de 2013, seu primeiro álbum solo, Desapego, disco muito bem recebido por crítica e público, cuja sonoridade caminha pelo FolkRock à Psicodelia. Juvenil deixa transparecer em suas canções, com sinceridade e avidez, suas vivências, experiências e toda uma bagagem musical abarrotada de Rock’n Roll e MPB. No momento o músico trabalha na produção de seu segundo disco, com previsão de lançamento ainda este ano.



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