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Líderes de rebelião no RN são transferidos; legistas da PB identificarão corpos

PÓS-REBELIÃO


15/01/2017

 O Governo do Rio Grande do Norte identificou pelo menos seis líderes da rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz que durou cerca de 14h e deixou mortos. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), o governo vai pedir a transferências dos líderes para presídios federais. Outros detentos devem ser transferidos ainda neste domingo (15) para outras unidades prisionais do estado.

 O Itep montou uma 'operação de guerra' para receber os corpos. Uma carreta frigorífica foi contratada para armazenar os corpos e legistas do Ceará e da Paraíba vão auxiliar no processo de identificação. De acordo com o Itep, o órgão está preparado para receber 100 ou mais corpos, se for o caso. No entanto, uma fonte do governo informou que até a publicação desta matéria pelo menos 25 mortes foram confirmadas. Oficialmente, o governo do RN diz que há 'mais de dez mortos'.

 O titular da Sejuc, Walber Virgolino, informou confirmou que os presos do pavilhão 5 invadiram o pavilhão 4. "É impossível evitar mortes quando eles querem. O pavilhão 4 tinha entre 150 e 200 presos. Não sabemos ainda precisar quantos morreram", disse. Até a publicação desta matéria, a polícia já havia entrado nos pavilhões 1, 2 e 3 e se preparava para entrar nos pavilhões 4 e 5 onde a situação já estava controlada.

 Segundo ele, um trabalho de contenção realizado por agentes penitenciários com o uso de bombas de efeito moral evitou a entrada dos rebelados no pavilhão 1. "Em termos de número de mortes essa é a maior rebelião da história do Rio Grande do Norte", disse.

 O Governo montou um ambulatório da penitenciária para atender os presos com ferimentos mais leves. Os feridos com maior gravidade foram levados de ambulância e escoltados para o Hospital Walfredo Gurgel.

 Três equipes de delegados da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e 15 homens farão a perícia dos locais de crime. A Polícia Militar continua com o patrulhamento externo, com o helicóptero Potiguar 01, com o Batalhão de Choque e Batalhão de Operações Especiais (BOPE) auxiliando na contenção e recontagem dos presos e na intensificação do trabalho nas guaritas da unidade. A Força Nacional colaborou no patrulhamento.

 A Penitenciária de Alcaçuz, segundo o governo, ficou parcialmente destruída e não há previsão para reconstrução. Ainda na tarde de sábado (14) um detento fugiu da penitenciária, mas foi recapturado em seguida.


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