Jorginho fez sua estreia no banco de reservas do Flamengo e viu um time aguerrido apenas empatar sem gols com o Boavista. Após a partida, o técnico preferiu elogiar o desempenho dos jogadores, mas lembrou a torcida de que será preciso ter paciência durante a temporada.

“A equipe foi muito consistente defensivamente, sem quase nenhum problema. O Amaral deu essa sustentação forte na frente da zaga e a zaga também esteve muito bem. Eles só conseguiram chegar com dois erros de passe no meio-campo, que acontecem principalmente em um campo molhado com a grama bem baixinha”, analisou o comandante rubro-negro em entrevista coletiva.

Reconhecendo a necessidade de melhora dos comandados, o treinador pede para que o peso de possíveis tropeços seja todo transferido para sua conta. A intenção é blindar um elenco jovem e inexperiente para não repetir a irregularidade da ‘Era Dorival Júnior’.

“Precisamos melhorar no todo, ser uma equipe mais agressiva, equilibrada e buscar gols. A responsabilidade é minha, e procuro trabalhar essa equipe. Enquanto atleta, você divide a responsabilidade. Como treinador, a responsabilidade é sempre minha. Se a equipe não fizer gols, eu preciso treinar isso. O peso é sempre maior para o treinador, mas se eu não tivesse preparado não teria assumido”, ressaltou.

Jorginho lembra que a chegada de reforços seria essencial não só para qualificar o elenco, mas também para aliviar a pressão da torcida. A nova filosofia da diretoria, que preza pela saúde financeira do clube, é apoiada pelo técnico, mas já causa preocupação pela reação dos torcedores.

“Estamos pensando a longo prazo. Nem sempre dá para resolver a curto prazo. Ter um funcionário sem receber é um horror, ninguém consegue trabalhar assim. As coisas estão se acertando, não atrasa mais salário aqui”, afirmou o novo chefe flamenguista.