A crise na saúde pública de Campina Grande, especialmente no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), repercute no governo estadual. Após as mortes de bebês e gestante, o secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, admitiu nesta segunda-feira (31) que uma intervenção estadual pode ser considerada caso a situação se agrave.

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Segundo Ari Reis, a Secretaria de Estado da Saúde já acompanha a situação materno-infantil do município desde o final de 2024 e tem adotado medidas para minimizar os impactos da crise. Apesar da gravidade do cenário, ele explicou que ainda não há um quadro legal que permita a intervenção direta da gestão estadual.

“Nós estamos acompanhando com bastante atenção desde o final de 2024 todo o cenário materno-infantil na cidade de Campina Grande. A cidade notoriamente passa por uma crise na gestão de saúde pública. Essa crise ainda não se declara como uma crise sanitária, não se declara como um estado de calamidade pública, que é quando a secretaria pode tomar as devidas providências de intervenção, mas estamos acompanhando atentamente”, declarou à Arapuan FM.

Além disso, o secretário revelou que o último óbito ocorrido no Isea ainda não havia sido notificado no sistema estadual, mas que equipes foram enviadas ao município para apurar informações e monitorar a situação de perto. Como forma de reduzir a sobrecarga no Isea, Ari Reis explicou que gestantes de outras cidades que antes eram encaminhadas para Campina Grande estão sendo direcionadas para maternidades em Queimadas e Monteiro.