Os oito jogadores do Arsenal levados à delegacia do estádio Independência, em decorrência do tumulto causado após a goleada de 5 a 2 sofrida para o Atlético-MG, na noite de quarta-feira, em Belo Horizonte, pela Libertadores, foram liberados no fim da madrugada desta quinta para retornar à Argentina com o restante da delegação. Em audiência emergencial, sete atletas (o capitão Lisandro López foi inocentado) foram indiciados por desacato e lesão corporal.
Ainda de acordo com decisão judicial, os referidos jogadores foram multados, no valor de R$ 4 mil para cada pessoa agredida (dois policiais e um jornalista). Além disso, os atletas terão de pagar uma multa de R$ 26 mil ao Ministério Público, que repassará a quantia a cinco instituições de caridade. A diretoria do Atlético-MG emprestou o montante para que os argentinos fossem liberados.

Após o fim da partida, os jogadores do Arsenal foram para cima do trio de arbitragem, e os policiais que trabalhavam na partida imediatamente cercaram os árbitros. A tentativa de evitar que eles fossem agredidos gerou uma enorme briga com os atletas da equipe argentina. De ambos os lados, muita violência com chutes e socos. Com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de borracha, os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do Independência. O espaço restrito e acanhado apenas aumentou a tensão. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários e atingiram policiais e profissionais de imprensa. Detidos, os jogadores ficaram no vestiário e depois seguiram para a delegacia que fica dentro do estádio. Cinco deles, Ortiz, Pérez, Seliz, Nervo e Benedetto, prestaram depoimento e fizeram boletim de ocorrência.

A Tenente-Coronel Cláudia Romualdo, atingida com um chute no peito, identificou Iván Marcone como o agressor, porém não requisitou nenhuma sanção penal para o jogador do Arsenal, que pediu desculpas formais pela agressão.