Futebol

Impecável, Grêmio dá aula ao Flu no Engenhão e inverte posições

Libertadores


21/02/2013

 Quem esperava um confronto equilibrado, deve ter ido dormir surpreso e impressionado. Sem tomar conhecimento, o Grêmio deu uma verdadeira aula de marcação e eficiência na noite desta quarta-feira, no Engenhão, e atropelou o Fluminense por 3 a 0, com gols de Barcos (Bruno fez contra, mas arbitragem assinalou errado), André Santos e Vargas. Assim, embolou de vez o Grupo 8, já que todos agora têm três pontos, mas o Tricolor Gaúcho é líder pelo saldo de gols, após a segunda rodada. O clube carioca virou lanterna pela mesma razão.

Mais cedo, o Caracas (VEN) fez muito parecido e superou o Huachipato (CHI), recuperando-se do revés na estreia. Agora, o time de Abel Braga visita os chilenos na próxima terça-feira, enquanto os comandados de Luxemburgo encaram os venezuelanos somente no dia 5 de março.

O clima quente no Engenhão se refletiu na partida desde o início. O tiro curto da competição, somada à derrota gremista na estreia, deu ares de decisão. No primeiro minuto, Souza perdeu a chance ao cabecear por cima, entregando um cartão de visitas que se confirmaria durante a etapa, na qual o time gaúcho foi mais efetivo e calou os tricolores em alguns momentos.

Houve muitos erros de passe, causados pelo nervosismo e pela marcação ríspida, em especial. Aos 13 minutos, Wellington Nem se estranhou com Cris após ter a bola roubada e reclamar de pênalti. O mesmo atacante, antes, ergueu o pé sobre Souza e o atropelou. Apesar da maior posse, o Flu se irritava com a falta de espaço e cedia cada vez mais contra-ataques.

Quando teve uma brecha, Fred não acreditou. Aproveitando-se de uma saída errada de Pará, Jean tocou de primeira para o camisa 9, que, sozinho, simplesmente parou ao receber a bola, pensando que estava impedido. Mas o próprio Pará dava condição, em suas costas.

E foi de um escanteio do lado esquerdo de ataque, aos 32, que o Grêmio abriu o placar. Elano bateu, Barcos subiu, mas foi o lateral Bruno que desvio, contra, para o fundo da rede, matando Diego Cavalieri, que saltou muito mal. O árbitro assinalou gol para o Pirata, no entanto. Logo depois, a resposta dos cariocas surgiu num chute de longe de Jean – o único que acertou o alvo nos 45 minutos iniciais. Nada que assustasse Dida, que encaixou no centro da meta.

Na volta do intervalo, Abel Braga tirou Wagner e pôs Deco, na tentativa de oferecer mais criatividade ao meio-campo. Embora o camisa 20 tenha participado bastante do duelo, o efeito prático foi nulo. Aos 9, Barcos foi lançado na área, driblou Leandro Euzébio, Cavalieri rebateu, mas André Santos, em posição irregular, empurrou devagarinho e ampliou o marcador.

Ainda mais desorganizado, o Fluminense não era capaz de pressionar. Os jogadores pareciam muitos distantes uns dos outros. Os torcedores pediram Thiago Neves e foram prontamente atendidos. Costumeiro desafogo, Nem foi o escolhido para sair. Na sequência, Sobis foi substituído por Samuel. Mas o domínio era gaúcho. Zé Roberto parou na ponta dos dedos de Cavalieri e, no lance posterior, Vargas bateu cruzado após passe em profundidade e venceu o goleiro, aos 23, transformando a grande atuação em um desempenho histórico no Rio.

E tinha mais. Diante de um adversário sem apático, sem reação, Elano carimbou a trave depois de bola rolada por Barcos. Com o cenário amplamente favorável, Luxemburgo poupou sua equipe e fez duas mudanças. Marco Antônio e Adriano entraram para passar o tempo e evitar abrir mão do saldo de gols construído, que alçou o Grêmio à liderança do embolado grupo.



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