Família de brincantes conhecida do público paraibano, o grupo Los Iranzi apresenta, neste sábado (10) e domingo (11), o espetáculo “Caminhão de Palhaços”. As apresentações acontecem às 16h30, no Centro Cultural Piollin (vizinho ao Parque Arruda Câmara), e contam com participação do Palhaço Coceirinha. Os ingressos custam R$ 10 (estudante) e R$ 20 (inteiro). O trabalho é uma montagem inspirada na tradição do circo brasileiro.

Através do palhaço popular e de elementos importantes tais como a perna‐de‐pau, malabares, pirofagia, mágicas e canções populares, “Caminhão de Palhaços” compõe uma brincadeira simples, pura e verdadeira, bebendo nas manifestações dos folguedos nordestinos, como o reisado, cavalo‐marinho e bumba meu‐boi.

Para o grupo, que experimenta subir ao palco pela primeira vez com bilheteria, “Caminhão de Palhaços” é sua obra de arte. “Uma história linda na qual brincamos com personagens lúdicos e conhecidos de nossa cultura popular brasileira”, diz Júnior Iranzi em um texto de apresentação em que define seu sentimento relacionado à arte de ser brincante.

Circo, teatro música e dança numa junção perfeita integram o espetáculo. Entre os personagens estão o boi Diamante, que possui um sol em sua face, a vaca Aurora com uma Lua. Os dois formam o Eclipse que dá vida a outros personagens – suas crias Trovão, dono de uma estrela e Mimosa, que representa as Flores. A história também dá vida a Chuva Brilhante, o cavalinho; Federico, o porquinho e o grande Tupiniquim, boneco originalmente brasileiro.

O que nos dá mais prazer é ter criado esse espetáculo através e exclusivamente da nossa arte de rua, não recebemos nenhum incentivo público ou privado, foi tudo feito na garra, nas praças e semáforos passando o chapéu.

Sobre Los Iranzi – Da união entre o palhaço Chumbinho, interpretado por Tarcísio Junior, e a palhaça Mamadeira, interpretada por Viky Iranzi, em 1997, nasceu a família circense Los Iranzi. Com a chegada de Jujuba, interpretada por Luana Iranzi; Espoleta, que ganha vida com Pedro Iranzi, e Coxinha, interpretada por Manuela Iranzi, a trupe ficou completa. O grupo mantém suas raízes levando a arte aos lugares mais insólitos e carentes de cultura com o intuito de difundir a arte mambembe aos povos.

Los Iranzi foi crescendo artisticamente passo a passo e sempre buscando algo novo, pesquisando, garimpando, reciclando, formando e adquirindo conhecimentos por meio de intercâmbio com artistas de outras regiões do Brasil e do exterior. “Quando começamos a enveredar pelo caminho da arte, nunca imaginamos que iríamos tão longe. No começo de nossa trajetória acreditávamos que aquilo seria simplesmente uma brincadeira, mas agora a história é outra”, diz Júnior Iranzi em seu texto “A Arte de ser Brincante”.