Política

Governo deve cortar ‘mais 25 mil cargos em comissão’ nos próximos 100 dias

Ministro da Casa Civil deu a declaração após cerimônia de 200 dias do governo Bolsonaro. Segundo Onyx, universidades e institutos federais têm 60 mil cargos desse tipo.


19/07/2019

Na imagem, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni — Foto: Gustavo Garcia/G1



O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (18) que o governo espera cortar “mais 25 mil cargos em comissão” nos próximos 100 dias.

Onyx deu a declaração durante entrevista coletiva concedida após cerimônia de 200 dias do governo de Jair Bolsonaro, em que o presidente ampliou a restrição para nomeação nesses cargos.

“Estamos trabalhando. E a gente espera que, lá nos 300 dias, a gente consiga já anunciar mais 25 mil cargos em comissão que serão cortados. Nós já cortamos 21 mil, vamos caminhar para mais 25 mil”, disse o ministro.

Cargos em comissão são postos dentro da administração pública que não são preenchidos por concurso público. Isso não significa que servidores concursados não podem ocupá-los.

De acordo com Onyx, universidades e institutos federais têm, juntos, cerca de 60 mil cargos desse tipo. “Há de convir que é excessivo”, declarou.

Onyx afirmou que governos do PT aparelharam, em especial os institutos federais, com fins políticos.

“Com zelo, respeito e critério, nós vamos enxugar e bem enxugado isso, porque em nenhum país do mundo isso existe”, declarou.

De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, o número divulgado por Onyx sobre cargos ocupados em universidades e institutos federais é quase 40% menor.

Segundo o painel, em junho, universidades e institutos federais possuíam, em junho, 8.412 cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) e de Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE). Além disso, são 28.666 funções e gratificações técnicas ocupadas.

No total, portanto, o número de cargos e funções em universidades e institutos federais é de 37.078, o que equivale a 61,79% dos cerca de 60 mil apontados pelo ministro.


G1



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