Paraíba

Fim do Jornal Correio: Alberto Arcela explica como foi editor e o vínculo com seu avô


03/04/2020



Alberto Arcela revela seu envolvimenro com jornal: “O Correio da Paraíba há cem anos”, narrado por seu avô

EXCLUSIVO – “O Correio da Paraíba há cem anos”. Este é o título do livro que meu avô, Antônio da Rocha Barreto, escreveu há mais de cinquenta anos. É com esta referência que buscamos fazer um link entre o passado e o presente na direção do futuro diante da dura realidade de fechamento do Jornal “Correio da Paraiba”.

Jornalista, Antonio da Rocha Barreto foi um dos fundadores da Academia Paraibana de Letras. Pois bem. Quis o destino que um parente dele, alguns anos mais tarde fizesse o convite para eu trabalhar num outro Correio, onde pontificavam nomes consagrados no jornalismo como Severino Ramos e João Manoel de Carvalho.

O parente em questão era o combativo Adalberto Barreto, um de meus comunistas de cabeceira, que ocupava na época a função de superintendente do sistema.

A CAUSA E A SEQUÊNCIA

Tudo por conta do tabloide “O Furo”, que idealizei em parceria com meu irmão Tota, Marcos Pires e Richardi Muniz e que era rodado na gráfica de “O Momento”.

E foi aí que tudo começou a mudar na minha vida. A minha entrada coincidiu com a de toda uma nova geração onde se destacaram Adeilton, Elmano, Ribamar e Walter Santos e muitos outros mais. E isso num tempo em que a gente amava de montão o que fazia e que fechava a primeira página próximo de meia noite. Fui editor do segundo caderno por muitos anos e também editor geral.

Muito tempo depois, assinei a campanha de aniversário dos sessenta anos e um filme inteiro passou na minha mente. Estava de volta como se nunca tivesse saído e começando tudo outra vez.

E mesmo sendo a crônica de uma morte anunciada, acho que o fechamento que agora se anuncia é apenas um até breve numa chamada de última página .



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