Futebol

Filho de Pelé pede conselhos ao pai e dispensa 10: ‘Sou atacante, prefiro a 9’

camisa 9


30/03/2013



 Joshua tenta bloquear as comparações, mas o sobrenome "Arantes do Nascimento" não permite. Ele é o mais novo dos sete filhos de Pelé e está prestes a estrear com a camisa do Santos. Na casa onde o pai Edson virou Rei, ele vai iniciar a carreira no Brasil, após ter dado os primeiros passos no futebol nos Estados Unidos. Os conselhos vem de casa, mas as escolhas são dele. E o jovem jogador avisa: não tem pretensão de vestir a camisa 10, eternizada pelo pai, embora admita a possibilidade.

– Como sou atacante, prefiro usar a 9, a 11… mas, quem sabe um dia, vou usar a 10 – disse.

Apesar da preferência, ele sabe que recusar o número do pai seria demais, até porque o Rei já manifestou este desejo. Foi com ela que Pelé fez história e se tornou o maior jogador de futebol todos os tempos. Algo que o filho caçula, que deixou o Brasil aos 12 anos, ainda tem dificuldade para dimensionar.

– Me contam, mas ainda acho não entendi tudo. É muito mais além do que está na minha cabeça, do que eu penso. Ele é o ídolo deste clube, e sempre vai ser. O que ele fez só Deus para explicar mesmo – considerou.

Aos 16 anos, ele voltou ao país e vai defender o Peixe no Campeonato Paulista Sub-17. O contrato, por ele ser menor, foi assinado pelo pai. No clube, Joshua não tem qualquer tipo de regalias, mas sabe que os olhares em relação a ele sempre serão diferenciados, sobretudo na hora das cobranças. O nome, Joshua, virá sempre acompanhado de "o filho de Pelé", assim como aconteceu com o irmão, o ex-goleiro Edinho.

– É uma coisa grande, né? Ainda mais no mundo do futebol, o mundo que estou entrando agora, é uma responsabilidade e tanto. Estou tentnado levar da melhor maneira possível, sempre pensando no lado bom – disse.

Apesar de toda a ligação, Joshua jamais tinha pisado no gramado da Vila Belmiro, o que aconteceu durante entrevista ao "SporTV News". Ele considerou o campo "aconchegante" e, apesar da falta de intimidade, sentiu-se em casa no reduto do "papito", como se refere a Pelé, agora conselheiro.

– Ele tem falado, não muito, mas tem passado para eu ter calma, que estou começando agora, e jogar meu futebol (…) Que ele foi ele e eu sou eu. As comparações vão vir, mas tenho que me bloquear – afirmou.

Apesar da juventude, Joshua demonstra lidar bem com a situação e promete brigar por um lugar no time santista independentemente do sobrenome.

– Vou encarar da melhor maneira possível. Tenho trabalhado forte, buscando meu espaço. Claro que não vou chegar e jogar de primeira. Tenho bastante a evoluir – disse o atacante, considerando a velocidade, o cabeceio e o chute forte suas principais qualidades.

Além do pai, a principal inspiração, o craque Neymar também serve de exemplo. Antes de pisar no gramado da Vila, ele já tinha ido a Vila em outras oportunidades, principalmente para ver o camisa 11. Os feitos do pai ele sabe pela história, de ouvir falar ou de assistir pela televisão – Pelé se aposentou em 1977 e Joshua nasceu em 1996.

– O Neymar é ídolo de muitos moleques que estão começando e também procuro me espelhar bastante. É um dos meus jogadores favoritos, gosto de assistir. Quando tem jogo dele aqui na Vila, sempre venho porque você já sabe que vai ter um lance bom, uma jogada interessante dele – contou.



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