Paraíba

Falta de medicamentos compromete tratamento de pacientes com câncer na PB

Saúde


16/07/2013



Myrcya Bezerra descobriu em fevereiro deste ano que tem um tipo agressivo de câncer e desde então precisa tomar o medicamento Rituximabe (Mabthera), fornecido pelo Estado, entretanto há mais de 30 dias ela está sem receber o medicamento. A distribuição do medicamento pelo Estado está atrasado e não há previsão de quando voltará a ser distribuido. Sem ele, há o risco de o câncer de Myrcya vir a se tornar uma leucemia. “Sem essa medicação esse linfoma pode se espalhar muito rápido para órgãos, ossos e medula”, conta.

Em tratamento no Hospital Napoleão Laureano, ela explica que tem linfoma não-Hodgkin que atinge os pontos linfáticos do corpo. “No meu caso, ele se encontra na mama direita”, esclarece. O medicamento utilizado no tratamento custa R$ 5.483,28 e Myrcya não tem condições de custeá-lo. “Eu não tenho condições comprá-lo a cada 21 dias. Tenho 31 anos e ainda 2 filhos que dependem de mim”.

Linfoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos linfonodos (ou gânglios). Ocorre quando uma célula normal do sistema imune encarregado de defender o organismo, chamada linfócito, cresce desordenadamente e espalha-se pelos linfonodos, principalmente na região do pescoço, axilas e virilha, mas também pela medula óssea, baço, fígado e trato gastrintestinal.

Os principais sintomas do linfoma não Hodgkin são o aparecimento de linfonodos aumentados na região do pescoço, axilas e virilha, febre, perda de peso, sudorese abundante à noite, prurido (coceira), inapetência e cansaço. A disseminação do tumor pode provocar sintomas correlacionados com os órgãos atingidos: tosse e falta de ar (pulmões); icterícia (fígado), dificuldade para urinar (rins), distensão abdominal, entre outros.



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