Política

Ex-aliado, senador chama Bolsonaro de traidor e diz que ele não quis assinar “CPI da Lava Toga” para proteger “filho bandido”

A declaração veio na esteira de críticas feitas por policiais, uma das bases de apoio de Bolsonaro, que diziam que o parlamentar havia mudado de posição


26/05/2020

Na imagem o senador Major Olímpio ao lado do seu ex-aliado, o presidente Jair Bolsonaro

Brasil 247

O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou nesta terça-feira (26) que rompeu com Jair Bolsonaro “porque ele não queria que eu assinasse a CPI da Lava Toga do STF para proteger filho bandido”, além de ter chamado o ex-aliado de “traidor”. O parlamentar disse, ainda, que não pretende se candidatar a nenhum cargo eletivo quando o seu mandato terminar, chegando o fim da sua carreira pública.

“Eu não gosto de ladrão. Para mim ladrão de esquerda é ladrão. De direita, é ladrão. Se for filho do presidente ladrão roubando junto com o presidente, eu vou dizer”, diz Major Olímpio em um áudio de WhatsApp, segundo a reportagem da jornalista Mônica Bergamo, da Folha.

A declaração veio na esteira de críticas feitas por policiais, uma das bases de apoio de Bolsonaro, que diziam que o parlamentar havia mudado de posição.

“Essa negociação com centrão por cargo. Essa safadeza que nós estamos tanto lutando contra. […] Eu estou tão enojado com a política, do que eu vi, do que eu senti, do que não estou concordando, que eu não quero mais disputar eleição para nada. Vejo lamentavelmente alguns policiais dizendo: o major é traíra. Não, o major não é traíra com nada. Quem está traindo, tropeçando nas palavras, é o próprio Bolsonaro”, completou.



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