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Ex-advogado diz que mulher relatou agressão de Neymar, não estupro

O escritório de advocacia contratado por Najila Trindade rescindiu o contrato com a cliente alegando que ela havia relatado para os advogados que havia sofrido uma agressão, mas não mencionou estupro.


04/06/2019

Na imagem Najila Trindade, pivô do caso Neymar



O escritório de advocacia contratado por Najila Trindade, que acusa o jogador Neymar de estupro rescindiu o contrato com a cliente alegando que ela havia relatado para os advogados que havia sofrido uma agressão, mas não mencionou estupro. A informação foi dada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na noite dessa segunda-feira (3).

 

Segundo as alegações do escritório Fernandes e Abreu Advogados, a mulher relatou a eles que “a relação mantida com Neymar Jr. foi consensual, mas que durante o ato ele havia se tornado uma pessoa violenta, agredindo-a, sendo esse o fato típico central (agressão) pelo qual ele deveria ser responsabilizado cível e criminalmente”. O escritório divulgou o documento da rescisão do contrato.

 

Ele disse à emissora que a teria alertado que a mudança da história poderia configurar denunciação caluniosa. O Jornal Nacional também mostrou diálogos por WhatsApp entre a mulher e Bueno Filho em que ela estaria irritada com a demora para fazer a denúncia.

 

“Por que a gente não joga logo na mídia para acabar a carreira desse pipoqueiro logo de vez? Estou com raiva. Deveria tê-lo matado quando tive chance”, teria reclamado. O advogado teria recomendado a ela ter calma e, que o melhor seria buscar um acordo.

 

O escritório afirma ter feito uma reunião com representantes de Neymar na última quarta-feira (29). “Feito o primeiro contato com os representantes do agressor, por intermédio de uma reunião realizada em 29/05/2019, foi rechaçada qualquer possibilidade de acordo extrajudicial na esfera cível por parte dos representantes de Neymar Júnior, que menosprezaram o ocorrido, lamentavelmente.”, diz o documento.

Ainda segundo o escritório, a mulher constituiu um novo advogado e na sexta-feira (31) registrou o boletim de ocorrência no qual citou o fato ocorrido em Paris como “estupro”.

“Por raiva ou vingança, V. Sa. relatou no BO registrado em 31/05/2019 fatos descritos em desacordo com a realidade manifestada aos seus patronos, ou seja, compareceu à delegacia, relatando que teria sido vítima de estupro, quando, na realidade que nos foi demonstrada e ratificada por várias vezes, V. Sa. teria sido vítima de agressões.”

 

Defesa de Neymar cita pedido de ‘cala boca’

Em nota, o advogado Gustavo Xisto, que defende Neymar, afirma:

“Como já revelado pelo sr. Neymar mais cedo na imprensa, de fato foi realizada uma reunião no dia 29 passado, em sua residência na cidade de São Paulo, em que estiveram presentes dois dos seus advogados, uma outra testemunha e o advogado que representava os interesses da suposta vítima. Na oportunidade foi solicitada uma compensação financeira (“cala boca”) para que a suposta vítima não relatasse as alegadas agressões às Autoridades Policiais.

Na oportunidade não foi apresentado nenhum laudo médico, tampouco vídeo, apenas fotografias.

Na data de hoje a defesa teve acesso ao Procedimento Investigatório, analisando as declarações e documentos apresentados. Diante do sigilo não podemos nos pronunciar sobre os seus elementos e conteúdo.

A defesa já se prontificou a colaborar com as investigações, inclusive para que as declarações do Atleta Neymar Jr. sejam prestadas oportunamente e as provas apresentadas”.



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