Internacional

EUA se dizem prontos a responder a ameaças da Coreia

Guerra


26/03/2013



 O Pentágono condenou nesta terça-feira (26) as ameaças da Coreia do Norte de atacar bases militares americanas, afirmando que os Estados Unidos estão prontos para responder a "qualquer contingência".

"Estamos conscidentes todas as ameaças feitas pelos norte-coreanos, disse o porta-voz do Pentágono, George Little.
"Eles precisam parar de ameaçar a paz na península [coreana], isso não ajuda ninguém. E nós estamos prontos a responder a qualquer contingência."

A Coreia do Norte colocou nesta terça-feira (26) suas tropas em posição de combate, afirmando ter armas apontadas para alvos americanos em Guam (na Oceania), no Havaí, e também nos Estados Unidos continentais.

O governo norte-coreano ordenou que suas unidades de mísseis estratégicos estejam prontas para disparos.

“O comando superior do Exército Popular da Coreia declara que todas as tropas de artilharia, incluindo as unidades de mísseis estratégicos e as unidades de artilharia de longo alcance devem estar em preparadas para combate de classe ‘A’”, informa comunicado da Agência Central de Noticias Coreana, a "KCNA".

A nova ameaça é represália aos novos sobrevoos de caças americanos sobre a península coreana, durante exercícios conjuntos com a Coreia do Sul.

A KCNA informou que as unidades de artilharia da Coreia do Norte também têm na mira alvos da Coreia do Sul.
“Mostraremos a dura reação de nossa Exército e povo”, diz a nota norte-coreana. “Para salvaguardar através de ações militares nossa soberania e dignidade”, acrescenta o comunicado.

Horas antes, a agência destacou que o líder norte-coreano Kim Jong-un dirigiu pessoalmente exercícios de defesa com fogo real na costa leste do país.

Pyongyang já havia ameaçado na quinta-feira passada atacar as bases militares americanas no Japão e Guam, como resposta aos voos de treinamento dos caças americanos B-52 na Coreia do Sul.

O ministro sul-coreano da Defesa, Kim Kwan-jin, ordenou as tropas a responder com dureza a qualquer agressão.
Segundo um porta-voz do ministério da Defesa da Coreia do Sul, "até o momento não houve nenhum movimento de tropas excepcional".

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, advertiu a Coreia do Norte que o "caminho para sobreviver" inclui o abandono dos programas nucleares e de mísseis, em uma cerimônia em memória aos marinheiros da corveta ‘Cheonan’.
Em março de 2010, 46 marinheiros sul-coreanos morreram em um ataque contra a corveta "Cheonan", atribuído por uma investigação internacional a Pyongyang, que nega.

A China, principal aliada da Coreia do Norte, afirmou "esperar que as partes atuem com moderação para atenuar a tensão.

Apesar do lançamento com êxito de um foguete de longo alcance em dezembro – que a Coreia do Sul e seus aliados consideraram um teste de míssil balístico -, analista acreditam que Pyongyang ainda precisa de muitos anos para desenvolver um verdadeiro míssil intercontinental que possa atingir o território dos Estados Unidos.

O líder norte-coreano Kim Jong-Un realizou nas últimas semanas visitas de inspeção a unidades de forças que estão posicionadas perto da linha divisória com a Coreia do Sul.

A linha divisória de fato (a chamada Linha Limítrofe Norte) entre os dois países não é reconhecida por Pyongyang, sob a alegação de que foi unilateralmente determinada pelas forças da ONU depois da guerra da Coreia, entre 1950 e 1953.

No sábado, a agência oficial KCNA informou que Kim, que fez uma visita de inspeção a uma unidade das forças especiais, ordenou uma ação "na velocidade da luz" no caso do início de uma guerra.



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