Brasil & Mundo

Estilista Clô Orozco é encontrada morta em São Paulo


28/03/2013

 A estilista Clô Orozco, de 60 anos, foi encontrada morta em Higienópolis, na capital paulista, na manhã desta quinta-feira (28).

A morte será investigada pelo 4º Distrito Policial, na Consolação. No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como suicídio.

Segundo o Corpo de Bombeiros, pouco antes das 8h a corporação recebeu chamado para atender a queda de uma mulher do 5º andar de prédio na Rua Rio de Janeiro, 160. Duas motos dos bombeiros e do Samu foram deslocadas, mas a morte foi constatada no local.

De acordo com a Polícia Civil, um sobrinho da estilista relatou que Clô fazia tratamento contra "esquizofrenia paranoide" e já tinha tentado suicídio outras duas vezes. Nesta quinta, o sobrinho e uma irmã estavam no apartamento, mas informaram que estavam dormindo no horário.

O boletim de ocorrência aponta que Lorenz Christian Hubertus Klein foi a última pessoa a ter contato com a estilista, por volta das 7h. Ele relatou ter notado que ela estava frágil e que ele teria desaconselhado que ela participasse de uma reunião na empresa, conselho que ela teria aceitado.

Trajetória

Clotilde Maria Orozco de García, mais conhecida como Clô Orozco, era dona das famosas marcas brasileiras Huis Clos e Maria Garcia. Nos anos 1970, quando inaugurou sua primeira loja, a multimarcas Splash, a estilista conheceu seu primeiro marido, Renato Kherlakian, criador da Zoomp. Clô fundou a Huis Clos em 1979 e, dois anos depois, lançou a linha masculina Huis Clos Homme, que durou quatro anos. As marcas francesas Hermès e Lanvin eram as favoritas da estilista.

Atualmente, a Huis Clos tem três lojas em São Paulo e 25 pontos de venda em lojas multimarcas distribuídas pelo país. A marca era atualmente comandada pela estilista Sara Kawasaki, que assumiu o estilo da grife em janeiro de 2008.

De acordo com a sinopse do livro sobre a vida da estilista, que integra o volume 2 da coleção Moda Brasileira (editora Cosac Naify), o universo estético de Clô Orozco era feito de sonho, construção e feminilidade. Em trinta anos de carreira, Clô fez as roupas que ela mesma gostaria de vestir, equilibrando universos opostos: o esporte feito com tecidos nobres; o feminino atenuado pelo masculino; o Ocidente e o Oriente; o bordado para usar de dia; o tecido de alfaiataria no vestido de noite.

Referência da alta costura brasileira, Clô Orozco também é responsável pela tradução do livro infanto-juvenil “Diferente como Chanel”, da norte-americana Elizabeth Matthews, que conta a trajetória da célebre estilista Coco Chanel.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //