O choro dos jogadores sempre foi algo bem visto pelo torcedor em relação à seleção brasileira. Em algumas ocasiões, porém, a emoção foi colocada em momento inadequado . Já na Copa de 1950, contagiados pela pressão, os jogadores do Brasil não conseguiram conter os nervos à flor da pele e o Brasil acabou derrotado na final .
Na seleção brasileira em 2014, sentimento similar de pressão assola os jogadores, que, em alguns momentos, estão reagindo de maneira emocional. A tarefa de Felipão, auxiliado pela psicóloga Regina Brandão e pela comissão técnica, é transformar isso em algo que faça o grupo se motivar para vencer
Em 1982, muitas histórias foram contadas após a derrota do Brasil para a Itália naquela Copa, por 3 a 2. Uma delas foi a de que o meia Renato, então reserva, se recusou a entrar. Grande jogador que era, ele diz que seu objetivo era justamente estar entre os 11 em campo e nega esta informação. Para ele, não foi o emocional que abalou aquela equipe.
Renato mora em Morungaba mas trabalha em Itabiba, interior paulista. Aos 57 anos, dá aula de futebol para crianças, no Lance Sport Center, de sua propriedade. Espontâneo, ele se mostra à vontade para falar daquele Mundial. Sobre um suposto choro de Toninho Cerezo no intervalo ele diz não saber. Segundo ele, o choro veio na reunião do grupo no hotel, após a derrota.
Pelé também usou o choro de maneira positiva, antes da final da Copa do Mundo de 1970. Sua emoção era tanta que ele caiu em lágrimas antes do jogo decisivo contra a Itália. Mas isso o revigorou e ele entrou leve para a partida, em que marcou um gol e ajudou o Brasil a conseguir o tri, emocionando o então técnico Zagallo, o preparador físico Parreira e todo o país.
Em 1958, o choro dos jogadores após a conquista da Copa do Mundo na Suécia, foi um divisor de águas para o futebol brasileiro. Na ocasião, o título surgiu como uma forma de desabafo de todo um país, que finalmente venceu o chamado complexo de vira-latas para se incluir como vencedor, por meio do futebol. Os jogadores sentiram isso e desabaram após a vitória contra a Suécia, por 5 a 2
Já na Copa do Mundo de 1998, pressionado por todo o peso de defender o Brasil em uma Copa, o jovem Ronaldo, de 21 anos, teve uma convulsão horas antes da final contra a França. A emoção tomou conta do grupo, de maneira prejudicial. O resultado não poderia ser diferente. Em vez de motivado, o time entrou abalado e perdeu por 3 a 0


