Rio de Janeiro, 28 jun (EFE).- Lateral-direito titular da Espanha, Álvaro Arbeloa terá na final da Copa das Confederações, no próximo domingo, no Maracanã, a missão de parar o atacante Neymar, que normalmente cai pela esquerda de ataque da seleção brasileira, e admitiu que não espera ter vida fácil.

"A verdade é que não tinha tido a oportunidade de assistir a uma partida completa dele. Entrava na internet e via as jogadas que fazia, seus gols. Eram lances muito curtos. E gostei bem mais do que pensava. É um jogador muito vertical, que tem saída para os dois lados, usa bem as duas pernas", comentou Arbeloa, que vê Neymar como um jogador diferente dos demais brasileiros.

"Não me pareceu o típico brasileiro, que retém tanto a bola quanto esperava de um jogador com tanta qualidade técnica. Joga muito bem de primeira, faz muitas paredes, toca e vai. Se as pessoas falavam tão bem dele, era com motivo. Me pareceu um excelente jogador", acrescentou.

Ao ser perguntado sobre a responsabilidade de ter de marcar o camisa 10 do Brasil, Arbeloa respirou fundo antes de responder e reconheceu que não será fácil.

"Será muito complicado. Quando marcamos um jogador deste tamanho, sabemos o quão difícil é, assumimos que é impossível que ele não crie perigo. Mas são os belos desafios que qualquer um quer na carreira", destacou.

Em meio a tantos jogadores de muita técnica, o lateral pode ser visto como "patinho feio" da seleção espanhola. Ele não foge do rótulo, mas nem por isso menospreza o próprio trabalho.

"Para alguns, eu sou (patinho feio), mas o problema é que há um trabalho que é menos vistoso nas partidas. Todos gostamos de ver as conduções de Iniesta, os passes de David Silva e os chutes de Villa. É o que abre a boca e vale o ingresso. Meu trabalho é mais obscuro", admitiu. EFE