Política

Em discurso, Bolsonaro ataca antecessores, volta a criticar governadores por medidas restritivas e diz que crise econômica é mundial


05/05/2022

Bolsonaro durante discurso em Itatuba-PB (Foto: Reprodução / TV Brasil)

Da Redação / Portal WSCOM



O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a inauguração da obra do Sistema Adutor das Vertentes Litorâneas da Paraíba, no final da manhã desta quinta-feira (5), no município de Itatuba-PB. Ao lado de ministros, deputados, apoiadores, lideranças do Partido Liberal (PL) e seguidores, Bolsonaro destacou a importância da obra a garantir recursos hídricos para região do semiárido. Em discurso, ele fez duras críticas a governos anteriores e também para governadores de Estados pela implantação de medidas restritivas durante a pandemia da Covid-19.

“A inauguração dessa nova obra não é virtude de nossa parte, é obrigação, porque o dinheiro vem de vocês [contribuintes] mesmo. E quando se fala em água, entendemos que para o Nordeste, que sofre com o problema da escassez, traz aquilo que se assemelha a uma liberdade. Ninguém mais precisará ficar dependendo de quem quer que seja, para ter água em sua casa. Vamos deixando na história os carros-pipas que fizeram o seu trabalho, ajudaram no passado, mas que tem muito problema político”, frisou.

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Na sequência do discurso, o presidente criticou severamente os governos de seus antecessores no Palácio do Planalto, com foco nas últimas gestões de Lula, Dilma Roussef, ambos do PT e Michel Temer (MDB). “Pegamos em 2019 um Brasil com graves problemas éticos, morais e econômicos. Um Brasil saqueado por governos anteriores. Só para fazer um comparativo com uma empresa, a Petrobras nos últimos anos foi saqueada em R$ 900 bilhões”, disse.

PANDEMIA

Bolsonaro também voltou a atacar os governadores de Estado que implantaram medidas restritivas duras para conter o avanço da pandemia. “A política do fique em casa, e da economia ver depois, foi a pior possível. Fez com que muita gente perdesse o emprego”, disse.

“Dizer a vocês que o maior erro, ou quase crime cometido durante a pandemia, foi a obrigação de vocês ficar em casa. Eu não fechei uma só casa de comércio. Sempre disse que deveríamos combater o vírus e o desemprego. Quando governadores, como o daqui da Paraíba, obrigou essas pessoas a ficar em casa, tirou o ganha pão de praticamente todos vocês”, complementou.

Sem falar em vacinas, Bolsonaro destacou as ações governamentais durante a pandemia.
“Fizemos mais do que a nossa parte, demos meios, compramos materiais, contratamos médicos e enfermeiros e, acima de tudo, mandamos recurso para todo o Brasil. Só na Paraíba, o ministro [da Saúde] Marcelo Queiroga revelou que foram destinados R$ 8 bilhões”, disse.

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ECONOMIA

Como contrapartida, destacou a implantação do auxílio emergencial para conter os prejuízos econômicos provocados durante a pandemia. “Investimos valores equivalentes a praticamente 15 anos do Bolsa Família, a implantação do Auxílio Emergencial representou vida a milhares de brasileiros”, frisou.

Ele também destacou o empenho da equipe econômica do governo para concessão do Auxílio Brasil, no lugar do Bolsa Família, que passou a pagar o mínimo R$ 400 para famílias carentes. “É uma ajuda do governo federal aos mais necessitados, e a grande mudança em relação ao Bolsa Família é de que quem vai trabalhar, não perde o Auxílio”, frisou.

Por fim, Bolsonaro reconheceu os problemas econômicos e de aumento a inflação que o país passa atualmente, mas não acusou a culpa governamental pela crise no setor. “Existem problemas com a economia, que se associa a uma guerra fora do Brasil. São problemas não só no Brasil, mas que é vivenciado em todo o mundo”, resumiu.

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