O paraibano Petrúcio Ferreira, de 27 anos, reafirmou sua supremacia no atletismo paralímpico ao se tornar tricampeão nos 100 metros da classe T47 (deficiência nos membros superiores) durante as Paralimpíadas de Paris. Em uma prova emocionante, Petrúcio alcançou a linha de chegada em 10s68, sua melhor marca na temporada, garantindo o ouro na tarde desta sexta-feira.

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Além dos títulos paralímpicos em Rio 2016 e Tóquio 2020, ele já soma uma prata e um bronze nos 400 metros, e uma prata no revezamento 4x100m misto no Rio.

Tetracampeão mundial e recordista nos 100m com 10s29, Petrúcio se destacou em 2019 ao se tornar o atleta paralímpico mais rápido do mundo, cravando 10s42.

Petrúcio  começou após um acidente aos dois anos de idade, quando perdeu parte do braço esquerdo em uma máquina de moer capim. Mesmo com essa adversidade, o paraibano nunca deixou de lado sua paixão pelo esporte, destacando-se inicialmente no futsal por sua velocidade, que logo chamou a atenção de um treinador de atletismo.

Ricardo Gomes é mais um ouro

Pouco antes, o fluminense Ricardo Gomes de Mendonça, de 34 anos, também brilhou nos 100 metros, na classe T37 (atletas com transtorno do movimento e falta de coordenação motora moderada). Ricardo, que anteriormente conquistara um bronze em Tóquio 2020, finalmente subiu ao lugar mais alto do pódio com o tempo de 11s07, levando sua primeira medalha de ouro em Paralimpíadas. A vitória de Ricardo veio após uma jornada de superação, iniciada após um acidente em 2014 que deixou sequelas em seu braço e perna direitos. Em 2019, ele começou no esporte paralímpico e, dois anos depois, passou a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo.