Religião
Dom Delson comenta escolha do novo Papa e destaca compromisso com paz e questões sociais: “Não é o Papa de um grupo, mas de todos”
08/05/2025

Foto: Anderson Costa
Da Redação/ Portal WSCOM
Em entrevista ao portal WSCOM, o arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, comentou a escolha do cardeal Robert Prevost como novo Papa da Igreja Católica. O pontífice, que adotou o nome Leão XIV, sucede Francisco e, segundo Dom Delson, deve intensificar o diálogo com o mundo e reforçar a atuação social da Igreja.
“O Papa não usa as armas que o mundo usa. A Igreja tem como principal instrumento o diálogo. E quando o Papa fala, ele fala ao mundo todo. Isso tem uma força enorme de influência”, destacou o arcebispo, ao comentar a importância da liderança papal nas questões geopolíticas e humanitárias.
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A escolha do nome
Dom Delson também refletiu sobre a escolha do nome Leão, em referência a Leão XIII, pontífice que marcou a história da Igreja ao introduzir a Doutrina Social Católica. “Podemos imaginar que a Igreja irá se voltar ainda mais às questões sociais. A forma de abordar pode até mudar, mas o cuidado com o outro é parte do Evangelho e jamais será deixado de lado”, disse.
O arcebispo lembrou ainda que a Igreja Católica é a instituição com mais obras sociais no mundo, com atuação em hospitais, escolas, creches e projetos voltados a crianças, jovens e idosos. Para ele, o novo Papa dará ainda mais clareza e fundamentação a esses temas.
O discurso do Papa
Ao comentar o discurso de saudação do novo pontífice, Dom Delson ressaltou o uso do espanhol como um gesto simbólico de empatia com sua diocese de origem, no Peru. “Foi uma maneira de se conectar com o seu povo, demonstrando carinho e emoção. A gente percebia que ele estava profundamente tocado”, afirmou.
Dom Delson também abordou a diferença entre papas oriundos de congregações religiosas e os formados no clero diocesano. Segundo ele, embora as formações sejam distintas, o Papa é, acima de tudo, o líder de toda a Igreja. “Não é o Papa de um grupo, é o Papa de todos. Por isso, a palavra que marcou esse processo foi unidade. Mesmo com divergências e uma diversidade enorme, há uma força que nos une: a comunhão vinda de Deus.”
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