Política

”Ditadura nunca mais”: Governadores do Nordeste repudiam fala de Eduardo Bolsonaro sobre Ai-5: “

O filho do presidente Bolsonaro chegou a dizer que, caso a esquerda ''radicalizasse'' a resposta viria ''via AI-5''


01/11/2019

Governadores do Nordeste em pronunciamento após reunião, em São Luís (MA), (Foto: Walter Santos)

Portal WSCOM

A declaração do deputado federal de extrema-direita, filho do presidente da República e líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), provocou uma reação de diversos segmentos, entidades, partidos políticos e lideranças políticas e sociais. Os governadores do Nordeste também se manifestaram em repúdio à ameaça autoritária e defenderam a democracia.

 

Eles divulgaram nota conjunta. Confira abaixo:


Os governadores do Nordeste repudiam ameaças autoritárias, a exemplo da absurda sugestão de edição de um novo AI-5. Defender a democracia é fundamental para que haja paz e prosperidade no Brasil. Ditadura nunca mais.


Rui Costa, Bahia

Renan Filho, Alagoas
Camilo Santana,Ceará
Flávio Dino, Maranhão
João Azevedo, Paraíba
Wellington Dias, Piauí
Fátima Bezerra, Rio Grande do Norte
Belivaldo Chagas, Sergipe
Paulo Câmara, Pernambuco


ENTENDA

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou a defender o regresso da ditadura militar no Brasil e informou, em entrevista, que o governo irá aplicar um “novo AI-5”, caso a esquerda brasileira pressione em suas ações. “Tudo é culpa do Bolsonaro. Se a esquerda radicalizar neste ponto, a gente vai ter que dar uma resposta. Uma resposta que pode ser um novo AI-5. Alguma resposta será dada “, disparou ele.

O que foi o AI-5

O AI-5, o mais duro de todos os Atos Institucionais, foi emitido pelo presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968. Isso resultou na perda de mandatos de parlamentares contrários aos militares, intervenções ordenadas pelo presidente nos municípios e estados e também na suspensão de quaisquer garantias constitucionais que eventualmente resultaram na institucionalização da tortura, comumente usada como instrumento pelo Estado.

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