A arquiteta Daniela Marys Costa Oliveira, mineira radicada na Paraíba, foi condenada a 2 anos e 6 meses de prisão no Camboja por posse ilegal de drogas. A sentença foi publicada na madrugada desta quarta-feira (12), e a defesa ainda pode recorrer da decisão. A família sustenta que Daniela é vítima de tráfico humano e que foi presa injustamente após se recusar a participar de um esquema de fraudes pela internet.
Daniela vivia em João Pessoa até o início deste ano e viajou ao Camboja após receber uma proposta de emprego na área de telemarketing e tradução. Segundo os familiares, ao chegar ao país, teve o passaporte retido e ficou confinada por cerca de um mês.
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Em março, após retornar de um treinamento, a arquiteta foi presa sob acusação de tráfico de drogas, quando autoridades locais encontraram pílulas ilegais no quarto em que ela morava. A família afirma que a droga foi colocada no local por criminosos ligados ao esquema de golpes virtuais, em represália à recusa de Daniela em continuar no grupo.
A irmã da arquiteta, Lorena Mara Costa Oliveira, relatou que após a prisão, golpistas se passaram por Daniela em mensagens de WhatsApp e extorquiram a família em R$ 27 mil, alegando que o valor seria usado para pagar uma multa e garantir a liberdade dela.
A Clínica do Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acompanha o caso e estuda medidas jurídicas internacionais para tentar reverter a condenação.