O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), afirmou em entrevista ao jornal português Público que a recente prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de militares de alta patente, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é um “recado claro” de que “ninguém tem o direito de atentar contra a democracia e contra a liberdade” no Brasil.
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Azevêdo ressaltou que a calma institucional que se seguiu às prisões é uma “evidente demonstração da maturidade da nossa democracia”, contrariando as previsões de que o país mergulharia em uma crise institucional com a detenção dos envolvidos na tentativa de golpe.
“O Supremo fez o seu papel de forma muito responsável. E deu exemplo não apenas para o Brasil, mais ao mundo todo, pois mostrou que o país vive um momento de muita estabilidade, com as instituições funcionando plenamente,” declarou o governador.
Extremismo e prioridades do Congresso
Na avaliação de Azevêdo, o momento exige que o país vire a página da polarização. Ele espera que o extremismo, seja se direita, seja de esquerda, seja deixado de lado, pois “não leva a absolutamente nada”.
Azevêdo criticou o fato de deputados e senadores se dedicarem a “interesses próprios” em vez de atender aos pleitos populares. Ele citou a recente derrubada de vetos do presidente Lula à Lei Geral de Licenciamento Ambiental, que facilitou o desmatamento da Mata Atlântica, como exemplo de pautas que não beneficiam o povo.
“Temos de voltar o olhar do Congresso para o povo, para aquilo que verdadeiramente é importante para fazer com que o país, com todas as riquezas que tem, seja mais justo com seus filhos. Espero que, realmente, o Congresso reencontre esse caminho”, disse.
