Paraíba

Deputado diz que problema da Segurança é culpa do governo


25/03/2014



O deputado estadual Janduhy Carneiro (PTN), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba, culpou a falta de políticas públicas voltadas à prevenção e combate às drogas por parte do governo do Estado como a principal responsável pelo alto índice de violência denunciado na noite desse domingo, 23, no programa Fantástico, exibido pela Rede Globo de Televisão, onde apontou João Pessoa como a terceira cidade mais violenta do Brasil e a nona no mundo.

“Vejo com bastante tristeza o que foi noticiado pelo programa. Nós temos feito pronunciamentos na Assembleia Legislativa mostrando que os governantes, lamentavelmente, não têm se preocupado com políticas públicas voltadas à prevenção, na questão das drogas. Infelizmente, nós temos desde o ano de 2002 uma Lei em vigor, mas que não está sendo cumprida no Estado da Paraíba. Essa Lei trata da construção e manutenção de Centros de Tratamentos para dependentes Químicos. Na Paraíba quando um dependente químico precisa de um hospital, a rede hospitalar não oferece uma estrutura necessária, com técnicos e profissionais capacitados à altura para o tratamento de recuperação dos dependentes”.

Com relação à questão da violência, onde João Pessoa foi apontada na reportagem do programa da Rede Globo como a terceira mais violenta do país, o deputado Janduhy Carneiro diz que infelizmente falta um maior empenho das autoridades governamentais. “Falta realmente que haja um maior empenho PR parte das autoridades competentes, pois são vidas e mais vidas que estão sendo ceifadas a cada dia. O que falta, realmente, são políticas públicas voltas para as instituições, a exemplo do que ocorre na cidade de Paulista, em Nova Betânia, que conta com uma instituição para dependentes químicos e o governo do Estado poderia celebrar convênio com essa instituição e outras instituições no estado”, sugere o deputado.

Ele reforça a sua tese lembrando que a violência na maioria das vezes é gerada por conta das drogas e os dependentes químicos, sem o devido tratamento, são potenciais agressores, uma vez que sem tratamento necessário eles cometem delitos para conseguir comprar a droga e manter o seu vício. “O Estado não celebra os convênios e nem reestrutura os estabelecimentos já existentes, amparados por Lei, mas que não está sendo cumprida. O Estado tem culpa pelo crescimento da violência exatamente por não cumprir essa lei, possibilitando que o enfermo continue nas ruas cometendo pequenos delitos para manter o seu vício”, revela Janduhy.

Operação Manzuá – Antigamente havia nas saídas das principais cidades paraibanas, principalmente nas que fazem divisas com outros estados, a Operação Manzuá que tinha por objetivo impedir o tráfico de armas e drogas. Mas o programa foi suspenso pelo atual governo. “Uma das promessas do atual governo, no período eleitoral era de que a

Operação Manzuá seria totalmente reestruturada, uma vez que ela existia de forma muito fragilizada. Mas ao invés de melhora, o governador simplesmente desativou a Operação Manzuá e hoje as nossas divisas estão ainda mais desguarnecidas”, lamentou deputado.

Problemas estruturais – O deputado Janduhy Carneiro criticou também a falta de compromisso do governo com a estrutura física e financeira da segurança pública. “Precisamos de um efetivo policial de mais de 17 mil policiais e hoje nós só temos um pouco mais de nove mil, mal remunerados e sem estímulos para trabalhar. O governo prometeu fazer um concurso público para contratar o restante dos policiais que faltam, mas anuncia um concurso para suprir apenas 600 vagas, quando há uma Lei Complementar que determina que num estado como a Paraíba tem que ter um efetivo de 17.600 policiais. Infelizmente o governo disse que ia fazer no período das eleições não passou de promessas e hoje nós vemos a nossa Paraíba sendo noticia em rede nacional sendo alvo de notícia tão triste como essa colocando a Capital como uma das mais violentas do mundo”, finalizou o deputado Janduhy Carneiro.

 

 



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