Política

Dark Matter: Software espião negociado pelo Gabinete do Ódio é usado por ditaduras


18/01/2022

Portal WSCOM com Revista Fórum



 software espião Darkmatter, negociado por integrante do chamado Gabinete do Ódio – que seria coordenado por Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) – durante viagem da comitiva presidencial a Dubai, no ano passado, foi usado por ditaduras em regimes saudistas e nos Emirados Árabes para monitorar e silenciar opositores.

O software foi desenvolvido para monitorar esses grupos, além de políticos, jornalistas e defensores de Direitos Humanos.

A ditadura saudita, que mantém estreitas relações com o clã Bolsonaro, seria uma das que utilizaram a ferramenta. Em 2020, a jornalista da Al-Jazeera, Ghada Oueis, processou os ditadores Mohammed bin Salman (Arábia Saudita) e Mohammed bin Zayed (Abu Dhabi) e a empresa de software por invasão de seu celular.

Caso

 Em 14 de novembro de 2021, na ocasião da viagem de Jair Bolsonaro (PL) a Dubai, um integrante do “gabinete do ódio” visitou o stand de Israel na Dubai AirShow, uma feira espacial com as maiores empresas de aviação mundial. Segundo Jamil Chade, o evento funcionou como uma reunião da extrema-direita, com a participação do Brasil de Jair Bolsonaro (PL) e da Polônia.

Enquanto Bolsonaro participava da inauguração do “pavilhão Brasil” na feira, o integrante do gabinete do ódio conversava com um representante da empresa DarkMatter (matéria escura em português). O especialista em inteligência e contrainteligência, cujo nome não foi informado, responde extraoficialmente ao vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos).

A DarkMatter é composta, em sua maioria, por programadores israelenses egressos da Unidade 8200, força de hackers de elite vinculada ao exército de Israel. A companhia é a desenvolvedora de um sistema capaz de invadir computadores e celulares de alvos, inclusive quando os aparelhos estão desligados. A ferramenta seria utilizada neste ano, de eleição, para observar e atacar opositores políticos

 

 



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