Cultura
Curta-metragem Flora, a Mãe do Rei, inspirado na genitora de Jackson do Pandeiro, estreia domingo no Caminhos do Frio
A produção evidencia a força feminina de Flora Mourão e resgata a marcante influência materna na vida do alagoa-grandense ícone da cultura nordestina
01/09/2023
Portal WSCOM
Neste domingo, 03 de setembro, será lançado em Alagoa Grande, Brejo paraibano, o filme Flora, a mãe do rei, inspirado na história da genitora do Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro. O curta-metragem será apresentado ao público às 20h, no largo do Theatro Santa Ignêz, durante o encerramento do Caminhos do Frio na cidade.
A produção evidencia a força feminina de Flora Mourão e resgata a marcante influência materna na vida do alagoa-grandense ícone da cultura nordestina. A história mostra o legado de uma jovem, pobre, negra e que fez da música o instrumento de transformação social e familiar.
Com roteiro e direção de Geóstenys Melo, o filme protagonizado pela atriz Mayara Santos narra um cotidiano simples e, ao mesmo tempo, rico em emoções, na luta pela sobrevivência em meio à pobreza material.
A terra natal do maior ritmista brasileiro de todos os tempos foi o cenário das gravações. “Cada locação teve um sentido significativo porque são locais reais; são estradas, caminhos pelos quais passaram uma personagem que existiu e fez história”, afirmou Geóstenys.
O diretor explicou que o roteiro foi desenvolvido a partir de muitas pesquisas e relatos, já que não há registros oficiais nem imagens da personagem. “Buscamos mostrar o dia a dia desta grande mulher. Simples, do povo, apesar de ser uma artista (cantadora de coco), sustentou os três filhos com a profissão, numa época de dificuldades e limitações. Uma verdadeira rainha, mãe do rei, que foi decisiva na formação artística deste filho ilustre da Paraíba”, ressaltou o diretor.
O elenco, aliás, contou com inúmeras pessoas locais, que tiveram pela primeira vez a experiência de estar num set de filmagens, participando das cenas. “Tivemos muitos figurantes, todos da própria cidade. Gravamos na feira livre, simulamos festas, sempre com o desafio de reproduzir um cenário de época, da década de 30. As locações e figurinos buscaram assegurar essa representação da forma mais próxima da realidade”, descreveu Tamyres Dysa, responsável pela produção.
O curta será exibido publicamente neste domingo, em estreia muito aguardada pela população local de Alagoa Grande. A partir de então, o filme deve concorrer a festivais e mostras de cinema de todo o país, colocando em evidência uma história que orgulha a cultura paraibana.
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