Economia & Negócios

Criação de empregos formais recua 48% em maio, para 72 mil vagas

Empregabilidade


21/06/2013



 O Brasil criou 72.028 novos postos formais de trabalho em maio, informou nesta sexta-feira (21) o Ministério do Trabalho e Emprego, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Trata-se do pior resultado, para meses de maio, pelo menos desde 2002, quando tem início a série história disponibilizada pelo governo. Contra igual mês do ano passado, quando foram abertas 139.679 vagas de emprego com carteira assinada, foi registrada uma queda de 48,4%, segundo dados oficiais.

O número de empregos formais criados em maio deste ano ficou distante do recorde para o período, registrado no segundo mês de 2010 – quando foram abertas 298.041 vagas formais. Os números mensais não foram ajustados para incluir empregos declarados fora do prazo formal.

Acumulado do ano

No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, segundo o Ministério do Trabalho, foram criadas 669.279 vagas formais de emprego. Isso representa uma queda de 23,7% frente ao mesmo período do ano passado – quando foram abertas 877.909 vagas.

Trata-se, também, do pior resultado para o período de janeiro a maio desde 2009, quando foram abertas cerca de 250 mil vagas abertas. O recorde histórico para o período permanece sendo o ano de 2010, quando, de janeiro a maio, foram criados 1,38 milhão de empregos.


Atividade

A queda no número de empregos formais criados, tanto em maio quanto no acumulado deste ano, acontece em meio a um ritmo baixo de crescimento da economia brasileira. No ano passado, o PIB avançou somente 0,9% e, no primeiro trimestre deste ano, subiu 0,6% sobre os três últimos meses do ano passado. Ambos os resultados ficaram abaixo da expectativa do governo e do mercado financeiro.

Apesar de o Banco Central estar subindo os juros neste ano, para controlar as pressões inflacionárias, o governo manteve estímulos ao consumo, como um IPI menor do que o normal para a linha branca (máquinas, fogões e geladeiras), para automóveis, além de ter desonerado a folha de pagamento de alguns setores e liberou crédito para as empresas e para os estados do país com juros mais baixos, entre outras medidas.


Setores da economia

Os dados do Ministério do Trabalho mostram que os que mais contribuíram para a geração de vagas com carteira assinada em maio deste ano foram: agricultura (+33.825 postos), Serviços (+21.154 postos) e Indústria de Transformação (+15.754 postos).

A indústria extrativa mineral abriu 192 vagas no mês passado, enquanto a construção civil registrou a demissão líquida de 1.877 trabalhadores em maio. O comércio, por sua vez, registrou a criação líquida (menos demissões) de somente 36 postos de trabalho no último mês.


Regiões do país

Em termos geográficos, acrescentou o governo, quatro regiões evidenciaram expansão do emprego. A região Sudeste gou 54.430 postos formais no mês passado, enquanto que a região Centro-Oeste criou 6.165 vagas com carteira assinada. A região Sul, por sua vez, foi responsável pela abertura de 10.001 postos de trabalho, ao mesmo tempo em que a região Nordeste abriu 2.095 vagas. Já a região Norte registrou o fechamento de 663 postos de trabalho em maio.



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