Há quem acredite que a exclusão do Grêmio da Copa do Brasil após um caso de racismo da torcida contra o goleiro santista Aranha tenha sido exagerada. No entanto, a punição parece estar gerando debate no meio esportivo. Nesta sexta-feira (12) o Corinthians divulgou um manifesto condenando homofobia.

O documento, publicado nas redes sociais do time paulista, parece ser uma resposta à nova moda entre os torcedores de gritar “bicha” ao goleiro do time adversário quando ele está se preparando para bater tiro de meta. O costume começou com a tentativa de ofender Rogério Ceni, do São Paulo, mas tem se repetido em todas as partidas no Itaquerão.

“Aqui não há, e nem pode haver, homobia. Pelo fim do grito de ‘bicha’ no tiro de meta do goleiro adversário. Porque a homofobia, além de ir contra o princípio de igualdade que está no DNA corinthiano, ainda pode prejudicar o Timão”, afirma o texto.

O manifesto ainda relembra a história do time que combateu o elitismo e o racismo desde sua fundação e se engajou no movimento Diretas Já e reafirma “aqui lutamos até o fim para que todos sejam iguais”.

Repercussão

Nas redes, alguns torcedores pareciam não entender a necessidade de compreender homofobia e até mesmo de identificá-la no caso. “Ah me poupe. Vai pensar em algo mais útil. Vai atrás de um atacante”, “Ta virando uma frescura isso!”, “Pelo amor de Deus, o futebol tá ficando MUITO CHATO. Do que vai poder xingar daqui a uns anos? Bobo? Chato? Feio?” e “Não vejo o grito de ‘bicha’ sendo homofobia” eram alguns dos comentários mais populares.

Outros, em compensação, apoiaram a decisão do time. “Manifesto que me representa totalmente como corinthiano. Não faz parte do DNA do Time do Povo nenhum tipo de preconceito. NENHUM!”, “Que prazer é torcer pra esse time: o primeiro clube a se manifestar contra provocações homofóbicas de sua torcida”, e “Dá-lhe Corinthians contra a homofobia. Mais um golaço do meu time de coração”.