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Contagem final do IML registra 56 mortos em rebelião no Amazonas
REBELIÃO NO AM
02/01/2017
Uma briga entre facções criminosas rivais seguida de rebelião no maior presídio do Amazonas deixou 56 mortos nesta segunda-feira (2) em Manaus, capital do Amazonas.
O motim durou 17 horas e, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, há decapitados entre as vítimas. Inicialmente o governo do AM falou em ao menos 60 vítimas, mas na tarde desta segunda o número foi atualizado pelos legistas. “Nós tínhamos contado 60 [mortos]. Mas contaram repetido parte de corpos", disse Pedro Florêncio, secretário de Estado de Administração Penitenciária.
A matança é a maior em número de vítimas em presídios do país desde o massacre do Carandiru, em 1992, em São Paulo, quando uma ação policial deixou 111 presos mortos na casa de detenção. Desde então, há outras tragédias no sistema carcerário nacional, como a rebelião em 2004 na Casa de Custódia de Benfica (RJ), quando morreram 31 pessoas. Também entram na lista o motim no presídio de Urso Branco (RO), que deixou 27 mortos em 2002, e a rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA) em 2010, com 18 mortos.
Em Manaus, o motim começou na tarde de domingo (1º), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no km 8 da BR-174. Na unidade havia 1.224 homens, o triplo da capacidade (de 454 vagas), segundo dados do mês passado do governo estadual. No Compaj ainda há outras duas unidades –uma para presos do regime semi-aberto e outra para os de regime fechado feminino. O Amazonas possui 11 unidades prisionais.
Segundo diagnóstico elaborado em inspeção de outubro do ano passado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o presídio foi classificado como “péssimo” para qualquer tentativa de ressocialização, com presos sem assistência jurídica, educacional, social e de saúde.
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