Política

‘Conservador por conveniência’ e apoio de Bolsonaro: Sérgio Queiroz e Bruno Roberto travam debate acalorado na TV Manaíra


15/08/2022

Sérgio Queiroz e Bruno Roberto travaram debate acalorado na TV Manaíra - Foto: Reprodução / TV Maraíra

Por Ângelo Medeiros

Os candidatos ao Senado Federal, Pastor Sérgio Queiroz (PRTB) e Bruno Roberto (PL), protagonizaram um dos embates mais quentes dentro do debate promovido pela TV Manaíra e Rádio Band News Manaíra, no início da tarde desta segunda-feira (15). Queiroz questionou o adversário sobre a melhor solução para o Brasil em termos de liberdade religiosa, e citou como exemplos a adoção do modelo laico ou laicista.

Contudo, na introdução da pergunta, o Pastor provocou Bruno Roberto sobre a participação dele na construção do Auxílio Emergencial, criado no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não me lembro de você! Eu fui secretário especial do Desenvolvimento Social, e, eu sim coordenei o Auxílio Emergencial, você não!”, disse Sérgio Queiroz para, em seguida, fazer nova acusação contra Bruno: “conservador de última hora, de dois anos pra cá, que até dois anos atrás estava criticando o presidente [Bolsonaro]!”

Por sua vez, Bruno respondeu com ironia e afirmou desconhecer a passagem de Sérgio Queiroz pelo Governo Federal, “Engraçado Sérgio, também o deputado Marcelo Aro, que foi relator do Auxílio, assim como o ex-ministro João Roma, atual candidato a governador da Paraíba [sic], assim como o ministro Paulo Guedes não se recordam de você, tendo em vista que eles sequer empenham apoio na sua jornada aqui e, peço analista exclusivamente para alimentar o seu ego em um projeto totalmente destoante do presidente Bolsonaro”, disse.

Sérgio Queiroz e Bruno Roberto travaram debate acalorado na TV Manaíra – Foto: Reprodução / TV Maraíra

E, Bruno continuou: “Eu estou aqui cumprindo uma missão que me foi dada pelo presidente, aliás, registremos, você apoiou em 2014 a candidata Marina Silva [para presidente] e estava de mãos dadas, inclusive, na última eleição municipal em João Pessoa abraçado com o candidato Raoni Mendes irmanado com Efraim Filho, todos conectados com um dos sistemas que mais agrediu a população paraibana, o maior ato de corrupção praticado na Paraíba que foi a Operação Calvário”.

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RÉPLICA

Em réplica, Sergio Queiroz disse que não precisava ser reconhecido apenas pelos apoiadores de Bruno. “O Brasil me reconhece, e isso basta! São 20 anos de dedicação. Quando você jogava bola pequeno, eu já defendia as pautas conservadoras e liberais fraternais, você não sabe o que é isso, porque passou praticamente o governo inteiro de Bolsonaro criticando as nossas ações e da [ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos] Damares Alvez”, afirmou.

“Eu falei de laicidade e lacismo, a sua assessoria não deve ter lhe ensinado sobre isso, porque isso é um tema de conservadores, e você é um conservador de conveniência, eu sou um conservador de princípios, há 20 anos nunca mudei as minhas posições. Laicismo é quando se quer tirar Deus da esfera pública, e laicidade, é quando mesmo o Estado sendo Estado, e a igreja sendo igreja, a minha fé pode ir para esfera pública como um ato de teologia pública. Não adianta só ter isso como trunfo, se ser apoiado pelo presidente for a única coisa que você tem de história, acho que precisa mais de experiência”, continuou Sérgio Queiroz.

TRÉPLICA

Na tréplica, Bruno manteve a linha de ironizar a participação de Sérgio Queiroz no Governo Federal e enalteceu o apoio recebido pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Sérgio, a União Federal tem 500 mil servidores, você pode ter sido mais um, certamente, não foi determinante para a construção dessas políticas públicas para o acesso a dignidade, que aqui só na Paraíba quase 650 mil pessoas são beneficiadas com o Auxílio Brasil, de trabalhadores que mantiveram seus empregos pelo Programa do Bem, que nós ajudamos a edificar justamente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que salvou 10 milhões de empregos na nossa pátria. Através desse acervo de realizações é que o presidente me escolheu, pelo critério de confiança, e não lhe escolheu”, concluiu.



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