Política

Com nove ministérios, 83% dos deputados do MDB, União e PSD votaram pela aprovação do marco temporal

Projeto recebeu apoio de 95 deputados dessas legendas, enquanto apenas 18 se posicionaram de acordo com o governo e um se absteve


31/05/2023

(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Brasil 247

Em mais um sinal de desalinhamento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), MDB, PSD e União Brasil – que ocupam nove ministérios na Esplanada – contribuíram significativamente para a aprovação do marco temporal das terras indígenas, com 83% de seus votos em direção contrária aos interesses do Palácio do Planalto. Segundo o jornal O Globo, o projeto recebeu o apoio de 95 deputados dessas legendas, enquanto apenas 18 se posicionaram de acordo com o governo e um se absteve.

O MDB é responsável pela indicação de ministros nos setores de Planejamento (Simone Tebet), Transportes (Renan Filho) e Cidades (Jader Filho). O União Brasil indicou os titulares da Integração (Waldez Góes), Turismo (Daniela Carneiro) e Comunicações (Juscelino Filho). O PSD é responsável pela chefia das pastas da Agricultura (Carlos Fávaro), Pesca (André de Paula) e Minas e Energia (Alexandre Silveira).

Ainda segundo a reportagem, “quando entram na conta partidos da base que estiveram mais próximos ao Planalto, como PSB (12 votos não e 3 sim) e PDT (14 votos não e 1 sim), o resultado é que mais de um terço dos apoios que consolidaram o avanço do texto vieram da base: 99 votos no universo de 283, o equivalente a 35%”.

Por outro lado, o PT demonstrou apoio total ao governo, com seus 65 deputados votando contra a proposta. Psol (12 votos contrários), PCdoB (6 votos contrários) e Rede (1 voto contrário) também se uniram na tentativa de barrar o marco temporal.

Após a derrota na votação do marco temporal, o Planalto corre contra o tempo para evitar novas derrotas na votação da Medida Provisória que modifica a estrutura dos Ministérios, que será votada nesta quarta-feira (31).

A insatisfação com o pouco apoio na votação de projetos dos interesses do Planalto levou assessores do presidente Lula a defenderem mudanças no comando dos ministérios para evitar novas derrotas na Câmara.

 


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