Futebol

Com gol e assistência, Barcos comanda vitória do Grêmio sobre Pelotas

Gaúcho


21/03/2013



 Desde os tempos de Alcindo Bugre, passando por Baltazar e chegando à época de Jardel, a torcida do Grêmio tem adoração por centroavante. Foram anos de vacas magras até a chegada de Barcos em 2013. E, a cada jogo, a expectativa vira realidade. Comandando pelo Pirata, que marcou um gol e deu passe a outro, o Tricolor ganhou do Pelotas por 3 a 1, na noite desta quarta-feira, na Boca do Lobo, pelo Gauchão.

O resultado, que contou ainda com gols de Welliton e Elano e Diego Torres descontando ao time local, confirmou a boa campanha dos comandados de Vanderlei Luxemburgo. Pela primeira vez com titulares no Interior, chegou à segunda vitória em dois jogos na Taça Farroupilha, o returno estadual. Lidera o Grupo A com seis pontos. O Pelotas, derrotado após ter vencido o Novo Hamburgo, é o quinto, com três pontos. Os quatro primeiros, de oito, passam de fase.

As duas equipes voltam a campo no final de semana. No sábado, às 20h30m, o Lobão recebe o Lajeadense. Meia hora depois, na Arena, o Tricolor encara o Caxias.

Zé pediu, Pirata atendeu

O Grêmio recém entrara no bonito e bom gramado da Boca do Lobo, momentos antes de o árbitro Luis Teixeira Rocha, quando Zé Roberto chamou Barcos e avisou:

– Fica mais na frente, hoje, deixa para eu e o Marco Antonio ficar aqui atrás.

Dito e feito. Adaptando a determinação de Vanderlei Luxemburgo, que pede ao centroavante fazer as vezes de meia, o camisa 10 idealizou o primeiro gol do Tricolor. Aos seis minutos, Marco Antonio lançou o Pirata. Avançado, como centroavante, da altura da meia-lua, recebeu e, com categoria, bateu rasteiro: 1 a 0. A vantagem no placar, dedicada a menina Gabrieli Van Oudheusden Medeiros, 3 anos, que luta contra o câncer, e virou hit na internet ao imitar o Pirata, confirmou a superioridade do time de Porto Alegre.

Nem parecia ter as baixas de André Santos, Fernando e Vargas e a ausência de Elano por opção do treinador. Pensando no confronto com o Fluminense, em 10 de abril, pela Libertadores, no qual o meia está suspenso, Luxa escalou Marco Antonio. Guilherme Biteco, Adriano e Welliton, respectivamente, substituíram as outras ausências. A equipe demonstrou envolvente toque de bola e aproveitou uma postura extremamente defensiva do rival. Embora poucas chances de gol, manteve o controle da partida.

O Lobão mudou a postura apenas ao estar atrás no placar. Diego Torres, em quase perfeita cobrança de falta, aos 20, acertou o travessão. Àquela altura, o Grêmio havia diminuido o ritmo. Marco Antonio, errando passes, gerava os gritos suplicantes das arquibancadas por Elano. E o time da casa ensaiava a recuperação. Até que Zé Roberto, ao roubar bola no campo de ataque, descobriu Souza, que serviu Welliton: o atacante ganhou na corrida do zagueiro e, na saída do goleiro, bateu rasteiro para fazer o 2 a 0. Eram 33 minutos e, após o incrível gol perdido por Igor, dentro da área, com apenas Dida pela frente, a vitória gremista parecia estar encaminhada.

Passe preciso para pressão

Não foi à toa que Luxa decidiu poupar Zé Roberto. Na volta do intervalo, decidiu pela entrada de Elano. O Grêmio, portanto, manteve a postura, mas viu o Pelotas partir para cima. Com as entradas de Jadilson e Filipinho nas vagas de Márcio Lopes e Clodoaldo, melhorou. E teve em Fabiano Gadelha o comandante da pressão nos 10 minutos iniciais.

Especialmente pelo lado direito, o meia criou boas oportunidades. Mas foi Filipinho quem incomodou a defesa tricolor. Pela esquerda, fazia cruzamentos com perigo. Wellington perdeu a primeira chance, mas Diego Torres guardou a segunda, de cabeça: 2 a 1 aos 13 minutos.

O Grêmio, que até então tinha tido apenas um chute desviado de Welliton, recorreu a Kleber. Quatro minutos depois, o Gladiador entrou na vaga de companheiro citado acima. Mas foi Barcos quem desequilibrou, de novo. O Pirata, agora conforme orientação do treinador, fazendo as vezes de meia, lançou Elano. O meia apareceu livre na área, driblou Jonatas e ampliou: 3 a 1 aos 23 minutos.

O Pelotas sentiu a desvantagem. Passou a errar passes, perdeu força ofensiva. Só ameaçou em jogadas de bola parada. Aos 30, após cobrança de escanteio, Gabriel cabeceou para fora. Até que Diego Torres descobriu Wellington, livre, dentro da área, que bateu rasteiro na trave. No rebote, Dida salvou o Tricolor. Deu tempo ainda para Kleber e Filipinho perderam gols dentro da área. No fim, foi isso: 3 a 1 para o Grêmio.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //