Economia

Com crescimento expressivo e liderança entre jovens, Nubank consolida posição entre os maiores bancos do país

Nubank lidera preferência entre usuários e cresce 74% em lucro. Fintech se destaca frente a bancos tradicionais e consolida posição no mercado.


01/07/2025

(Foto: Reprodução)

Anna Barros

Em meio à crescente de instituições financeiras virtuais dos últimos 10 anos, alguns nomes se destacam, como é o caso do Nubank. Uma pesquisa realizada durante o primeiro semestre de 2025 pela consultoria Okiar apontou que 21,7% dos entrevistados colocaram o “roxinho” como o principal banco que atende a maioria de suas necessidades.

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A Okiar entrevistou mais de mil pessoas e o que chamou a atenção foi o fato do Nubank ter ficado na frente de instituições financeiras tradicionais como o Itaú (14,2%), Bradesco (12%), Caixa Econômica (10%) e o Banco do Brasil (9,9%).

Valor no mercado

A popularidade do Nubank também foi comprovada por uma pesquisa divulgada em junho deste ano pela consultoria Brand Finance, que realizou um ranking das 100 marcas mais valiosas do Brasil.

A soma do valor das empresas atingiu US$ 79,4 bilhões (aproximandamente R$ 432,89 bilhões na cotação atual) e o resultado do ranking demonstra o interesse pela inocação digital pelo consumidor.

O Nubank ficou em quarto lugar com US$ 4 bilhões (R$ 21,818 bilhões), ficando atrás apenas do Bradesco (US$ 4,7 bilhões), Banco do Brasil (US$ 5,2 bilhões)l e Itaú (US$ 8,6 bilhões) – este em primeiro lugar.

No primeiro trimestre deste ano, o banco também registrou um lucro líquido de US$ 557,2 milhões, uma salto de 74% quando comparado ao mesmo período de 2024. Além de um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 27%. Em nota, o CEO da instituição, David Vélez, afirmou que esse resultado é um reflexo do forte relacionamento com com clientes.

“Este crescimento é impulsionado por um maior engajamento com os clientes: 98,7 milhões de usuários ativos mensais e uma taxa de atividade superior a 83%”, disse.

Modernidade e facilidade

Para compreender a ascenção do banco e a adesão do público, o Portal WSCOM conversou com especialista em investimentos Blenda Siqueira Monteiro. De acordo com ela, alguns fatores como o forte posicionamento digital e a abordagem prática do banco são responsáveis pela expansão da marca.

“Eu entendo o crescimento do Nubank como um dos pioneiros como banco digital com um “branding” forte e posicionado pro jovem, ascendendo na geração Z”, disse. Quando é feita a comparação com bancos tradicionais, Blenda acredita que o modelo de negócios do Nubank se diferencia “em relação a custos e escala, principalmente. Já em atratividade, uma abordagem mais prática para produtos”.

O Nubank também se destaca pelo seu modelo focado no crédito pessoal e no cartão de crédito sem anuidade, o que pode ser um risco para a instituição financeira. No entanto, Blenda destaca que a consolidação da marca afasta essa possível vulnerabilidade.

“Tendo em vista ser um banco num país de juros altíssimos mas pelo outro com um índice de endividamento também alto e desigual economicamente. Entendo um risco maior quando no início, mas já sendo a maior fintech do país, não”, pontuou.

Mesmo com a ascenção, a fintech ainda se encontra em fase de consolidação. Para aqueles que têm interesse em aplicar em ações, a especialista dá uma dica: “esse investidor tem que ter um perfil entre moderado ou até arrojado para alocar. Ele deve entender como funciona o plano de negócios da fintech e não se basear no curto prazo.”



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