Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Utopia possível


11/12/2003

Foto: autor desconhecido.

O pensamento mundial viveu até os anos 80, do Século passado, a fase eufórica da utopia, segundo a qual a sociedade moderna estaria moldada a um novo sistema de governo gerando distribuição de renda e vida digna em geral, especialmente para a grande maioria – o tal proletariado – que tanto antes quanto hoje vive próximo dos excluídos.

Esse olhar político lá atrás produziu guerras, gerou mudanças bruscas, mas se esvaziou por não saber no processo histórico conviver economicamente sob os ventos da liberdade democrática. Os teóricos chamaram tudo isso de socialismo, cujo regime caiu com os muros e a força da economia sobre a ideologia.

O leitor pode até pensar que ocupei o dia de ontem – na crise estomacal gerada por palmito de origem duvidosa – que passei o tempo relendo teses filosóficas, mas não foi nada disso.

Senti – me no decorrer da manhã e tarde de ontem movido por um sentimento de brilho diante da revelação de que escolas públicas como as de Pombal andam ganhando reconhecimento por produzir educação de qualidade em pleno sertão tropical. Sabe o que é isso quem disso precisa para ser gente na vida.

Soube também que o Liceu Paraibano, principal referência física e histórica do ensino público estadual, passará por uma ampla reforma para realçar a arquitetura que Argemiro de Figueiredo importou da França nos idos anos passados e, sobretudo, a missão principal de ensinar pobre a ser gente.

Esta natureza de abordagem foi a que insistiu grudar, ontem, no juízo do Colunista vencendo assim o vício do `pião político´ – quer dizer de só tratar de intrigas políticas – porque não há outra saída para sair do atraso se não for pelo caminho da educação.

A crise nas relações das lideranças políticas do estado insiste em tentar minimizar ações como estas de valor imensurável, que é investir ao máximo na educação, mas, se reparar direito, elas têm força de utopia possível quando gera a ascensão social por meio do conhecimento – e não pela força econômica selvagem.

Bacana, também, foi saber que a Macrosoft – do revolucionário Bill Gattes, já está gerando cumplicidade real, através de convênios, com o alunado de Campina Grande, como se aqui estivesse uma versão tropical desafortunada do Vale do Silício, na Califórnia – bem parecida com a Torrelândia do futuro.

Fiquei imaginando estar de corpo e alma diante de uma Paraíba, pois agindo assim pavimentará o salto qualitativo, que o discurso promete faz tempo.

Haroldo, again

O senador José Maranhão disse, ontem, que os preparativos para a convenção estadual do PMDB, domingo, projetam normalidade, portanto, não há surpresas a caminho.

Haroldo será reconduzido tranqüilamente porque reúne todas as condições de representar o partido em nível estadual – declarou.

Mesmo coro

Também por telefone, ontem, o diretor do Banco do Nordeste, Roberto Paulino, disse que estará presente à convenção para reconduzir Haroldo na presidência do partido.

– Trata-se de uma figura boa, fiel e competente na condução das coisas, inclusive do partido – afirmou.

Nada de PL

O governador Cássio Cunha Lima não só tratou de educação, ontem. Na agenda deu para ver que houve tempo para mandar recados para o funcionalismo renovando que o Estatuto aprovado repara a norma, mas não prejudicará – afirmou.

Noutra parte da entrevista coletiva, ele respondeu ao jornalista João Costa negando que tenha tido conversado com o vice-presidente José Alencar sobre filiação no PL.

Não existiu essa conversa nem há o interesse – declarou.

Mais do que ouvir

Há um movimento surdo, sutil, mas eficaz e firme produzido por Ouvidorias no Estado. Quando trato de temas assim lembro logo do Procurador Luciano Mariz Maia e do professor Rubens Pinto Lyra com quem tive inúmeras cumplicidades no debate e trato dos Direitos Humanos.

Pois bem, ontem, 13 Ouvidorias realizaram o 1º Encontro Estadual, na Assembléia Legislativa, avaliando as ações e projetando o futuro de acompanhamento efetivo da transparência pública.

Umas & Outras

… O empresário Roberto Cavalcanti, presidente do Sistema Correio de Comunicação, disse ontem no programa `Abra o Jogo´, na 100.5, que apesar das restrições econômicas geradas em 2003, está esperançoso de dias melhores em 2004.

… Segundo ele, as empresas do sistema reagiram com normalidade às adversidades mercadológicas.

…O presidente da Fiep, Buega Gadelha, caiu de pau no Governo Lula pela não promoção do emprego. No almoço com a mídia ele disse que anda decepcionado com o discurso do presidente.

… Bem longe dele, o coordenador da Funasa, Adalberto Fulgêncio, contra-atacou dizendo que o Governo está gerando as condições de retomada do crescimento, pois Lula – observou ele – `herdou a incompetência econômica dos que vivem se lamentando´.

… Há um documento dos Pro-Reitores e Diretores da administração Jader Nunes em que o vice – reitor Múcio Souto atesta não ser candidato.

… Como foi dito, ontem não deu para escrever. Uma baita cólica daquelas de tirar Mike Tyson de tempo pegou em cheio o velho estômago desacostumado com palmito ruim. Não fosse a sabedoria de mestres da medicina, como Manoel Jaime e Valdevino, ainda estaria ressabiado de dor. Tudo superado, agora é partir para outros desafios.

… A propósito já está no laboratório o novo Design do portal WSCOM – www.wscom.com.br – uma das principais referências de informação na WEB (Internet). Quem diz é a Webtrands – auditora internacional.

Última

`O nome/ a obra imortaliza…´


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