Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

RC, Cicero e Maranhão: pacto de 2º turno


15/10/2012

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}Nenhum dos três lideres políticos citados na Manchete desta Coluna assume publicamente o acordo tácito que eles estão deliberando nesta etapa do segundo turno, mas todos os movimentos produzidos por eles consolidam esta condição, isto é, de apoiar o candidato Cicero Lucena, do PSDB.

São muitos os sinais, a partir da “Neutralidade” que o governador e o ex-governador anunciaram, da mesma forma que o arrefecimento da critica dura e contundente de Cicero para com Ricardo Coutinho, sem contar no envolvimento de pessoas próximas deles na campanha do tucano, afora a e$trutura tão esperada.

Lá no bairro da Torre, qualquer jovem estudante de Ciência Politica, diz na bucha: fizeram acordo na surdina com o mesmo propósito – tirar Luciano Cartaxo da possibilidade de governar a cidade de João Pessoa.

Impressiona que, em nome do Poder – melhor dizendo, da ira, da raiva mais recente, eis que os lideres políticos resolvem passar a borracha nas acusações e enfrentamentos graves do passado, tudo em nome de um propósito nem sempre voltado para o bem coletivo. Precisam atentar que o povo acompanha a tudo e fará juízo de valor.

O caso do ex-governador é o mais emblemático porque, em tese, Luciano já foi seu Vice em mandato no Governo do Estado e o PT, através de empenho pessoal do ex-presidente Lula, esteve na Paraiba em várias eleições pedindo voto para Roberto Paulino e o próprio Maranhao, teria prioridade, mas desta feita ele não esteve nem aí aos apelos de Lula.

Vingou a amizade pessoal com Cicero, logo o pragmatismo político se inverteu abrindo espaços para conviver com o governador RC e este podendo apoiá-lo para o Senado Federal em 2014.

Aliás, só promessa nesse nível diante dos burburinhos de que houve conversa entre Maranhão e RC poderia tirá-lo de um rumo natural.

Seja como for, Maranhão, Ricardo e Cicero estão no mesmo propósito, mesmo sem coragem de assumir a verdade dos fatos.

Mas é uma opção legitima de cada um dos lideres, que pode render frutos no presente e futuro ou transforma-se em derrota tripla.

Tudo explica, então, aquela famosa filosofia popular: em política tudo é possível, em muitos casos em nome da vindita, do ódio pessoal, que não constrói nada de bom.


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