Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Paraíba

Quando o Poeta, além de sábio em fingir e encantar, ainda tem o dom de produzir e dirigir sonhos


10/11/2021

A primeira vez na vida que vi Juca Pontes, ele nem se lembra mas foi num sábado qualquer do final dos anos 70, na Academia Paraibana de Poesia, ali vizinho à API, onde fui presidente 20 anos depois, quando tomei a iniciativa de entregar à presidente atuante Helena Raposo uma escacela cheia de poemas produzidos na juventude. Tinha 19 anos de sonhos.

Ela me disse: “meu filho, vamos examinar com muito carinho mas, sugiro que Você conviva com aquele poeta ali ( era Juca), porque ele é de muito futuro”. Vem daí a amizade e o respeito profundo a um dos mais atuantes Poetas, ao mesmo tempo Editor, Produtor, etc, na contramão da cultura que se tem do Poeta sem disciplina.

MERGULHO TEMPORAL

Quando olho a vida no retrovisor do tempo, os outros Pontes que mais me atraíram pela imensa competência foram Paulo, o dramaturgo extraordinário, e Pontes carimbado como um dos melhores Editores de todos os tempos. Este último era casado com a irmã de Professora Nini, tia de Hamurabi Duarte, quem me ensinou e ao Mano Duda a ler e escrever.

JUCA SEM IGUAL

Nestes tempos todo de vida já chegados a mais de 60 KM por hora, cuja idade nos remete à serenidade, sempre tivemos Juca Pontes com seu estilo mineiro, conversa ao pé do ouvido, mas de uma competência singular em ouvir e traduzir sonhos e desejos literários / culturais para transformá-los em produção artística de valor.

O danado de bom é que nestes tempos todos, alguns de muitos conflitos políticos, partidários e ideológicos na Paraíba Velha de Guerra, Juca Pontes chegou até aqui com moral e diálogos até com quem não lhe deu atenção porque, como diria Paulinho da Viola, é sábio entender o nevoeiro para passar com seu barco firme, mesmo devagar.

Trocando em miúdos, não há como não reconhecer e festejar a história distinta deste Poeta soberano, danado de trabalhador.

Vida longa com saúde e paz!

ÚLTIMA

“O nome/a obra imortaliza…”


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