Paraíba

Porque não cabe um evento de São João em João Pessoa?


19/04/2022

Há anos trabalhamos com grandes eventos, ilustrando sempre com a participação de grandes marcas nacionais. Tem sido assim desde quando iniciamos as atividades no “Maior São João do Mundo”, de Campina Grande, PB, e “O Melhor São João do Mundo”, em Caruaru-PE, ainda nos anos 90. Passamos também por carnavais fora de época como o Recifolia, Micarande, Micaroa, e participamos de eventos como o Carnaval do Recife (com mais de 15 polos de animação), Galo da Madrugada (maior bloco de arrasto do mundo segundo o Guiness Book), Paixão de Cristo (maior espetáculo ao ar livre do mundo), entre muito outros. A experiência só cresce.

Ao voltarmos para a Paraíba, observamos o quanto tem crescido alguns eventos como o São João de Campina Grande, e cidades satélites como Bananeiras, Santa Luzia, Patos, e outras.

Um dado curioso deixa vazio. É que durante os festejos juninos a Capital, João Pessoa, quase sempre se torna uma cidade marasmo, sem atividade atrativa importante alguma. O tédio, a indiferença, a falta de coragem são sentimentos que prevalecem. Enquanto isso, as pessoas se avolumam buscando os eventos do interior e outros estados. As rodovias chegam a ficar com o trânsito engarrafado.

Uma Capital que se preza, já há tempo era para ter cuidado dessa prerrogativa, de não deixar seus habitantes distantes, esquecidos do atrativo maior da tradicional festa de São João. As grandes cidades como Campina Grande, Caruaru e outras, já estão superlotadas, esgotaram suas capacidades de demanda. E abriram espaço para a construção e desenvolvimento de outras menores cidades que já evoluem ano a ano com a experiência dos eventos juninos.

João Pessoa tem praias, sítios históricos, turistas buscando o que fazer, onde comer, onde hospedar, onde dançar, onde comprar, enfim, onde consumir. Há uma demanda além de aqui, possível de atrair público das cidades vizinhas como Cabedelo, Lucena, Santa Rita, Bayeux, Conde e outras, para somar ao número de turistas e promover um grande evento. Enquanto Campina Grande lança um evento com investimentos de 2,8 milhões, e terá retorno incalculável durante os trinta dias de festa, o que nos resta aprender?

Há menos de 50 dias do mês de junho, não ha sequer uma proposta de programação artística, um plano de marketing que possa ser repassado às grandes marcas que interessam por estar presentes nas grandes festas populares do país como Magazine Luiza, ASA, Tim, Vitarella, McDonalds, Doriana, Natura, e muito outras, isso sem falar nas cervejarias, bancos e outros grandes patrocinadores. Não há sequer um departamento de Captação de Recursos, que venha elaborar planos para a comercialização dos espaços dos eventos, não há planejamento, enfim…

Já é hora de João Pessoa começar a desenvolver seu próprio evento de São João, e para isso não faltam espaços, nem demanda de público. Hora de pensar um departamento de Captação de Recursos e começar a oferecer um trabalho profissional para a cultura e o turismo. Hora de acordar!


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