Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Opinião

O segundo turno me deu mais motivos pra votar em Cícero


13/10/2024

Já fiz essa opção de voto na eleição do dia seis de outubro, quando da realização do primeiro turno. Por várias razões. A primeira delas porque conheço Cícero de perto. Tive a oportunidade de exercer o cargo de chefe de gabinete ao tempo em que esteve governando a Paraíba, em 1994. Pude testemunhar a forma responsável e competente com que implementa políticas públicas de gestão com o pensamento no bem-estar social.

Mesmo não mais integrando sua equipe de trabalho nos diversos cargos públicos que ele exerceu, tanto a nível municipal, quanto no governo federal, permaneci acompanhando sua trajetória política, onde cada vez mais tem se afirmado como uma pessoa comprometida com as missões que lhes foram confiadas, mostrando-se dinâmico no enfrentamento de conflitos e se apresentando como um líder que considera importante o diálogo na formulação de projetos que atendam as demandas da sociedade.

Sua comprovada habilidade para orientar os que estão sob o seu comando tem garantido resultados positivos no direcionamento do trabalho para alcançar objetivos determinados em favor da coletividade, sabendo motivar colaboradores e equipes. Traz como característica pessoal uma extraordinária capacidade de estabelecer controle e equilíbrio emocional diante das adversidades que o gestor público normalmente enfrenta no decorrer de suas atividades.

Nas duas vezes em que administrou a nossa capital deixou marcas de proficuidade no trato da coisa pública, cuidando bem dos assuntos e serviços que afetam o cotidiano urbano do município, no tocante às áreas da saúde, educação, meio ambiente, habitação, saneamento básico, combate à pobreza, entre outros. Não bastasse a sua competência pessoal, na gestão que se finda contou com a parceria de outro gestor público de reconhecida eficiência, o governador João Azevedo. Essa combinação administrativa tem proporcionado as condições necessárias para que João Pessoa venha recebendo uma execução de obras como nunca se viu na sua história. E isso precisa ter continuidade.

Quando nos deparamos com a nova oportunidade de exercício do voto para a eleição do prefeito, em segundo turno, nos convencemos, mais ainda, do quanto se faz necessário sufragar o nome de Cícero no próximo dia 27. Não será apenas o voto em favor da cidade, mas, também, em defesa da democracia e contra o retrocesso e o negacionismo que definem a postura ideológica de seu adversário. Basta comparar as duas biografias como homens públicos. Um tem serviços prestados, o outro tem uma experiência administrativa que ficou muito a desejar, por conta da inconsequente submissão ao seu líder, ao tempo em que teve em suas mãos a responsabilidade de gerir as políticas de saúde de nosso país, notadamente durante a pandemia da Covid.

Votar em Cícero é não permitir a municipalização da extrema direita, enfrentando os que insistem em atacar os pilares da democracia em nossa Nação. Não podemos mais oferecer audiência aos discursos retóricos agressivos dos ideólogos do nacionalismo autoritário, nem aceitar o fundamentalismo propagado nas redes sociais pelas bolhas virtuais da extrema direita. A política neofascista copiada dos Estados Unidos, praticada pelo ex-presidente Trump, tem que ser rejeitada em nossa sociedade. O oponente do prefeito que pleiteia a reeleição faz parte desse grupo que tem como líder global maior essa figura nefasta que governou os norte-americanos.

Resta alguma dúvida em quem votar? A irracionalidade não pode funcionar como glamour cultural. Persistamos na resistência democrática. Reflitamos sobre o momento que estamos atravessando. Sejamos responsáveis, não colaborando com a ascensão dos que têm se apresentado como inimigos da democracia.


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