Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O rombo sob o tapete


28/12/2003

Foto: autor desconhecido.

Não vai demorar muito para que o Executivo resolva cobrar de vez o cumprimento da norma legal que obriga os inativos e aposentados dos poderes Judiciário, Legislativo, Tribunal de Contas e Ministério Público do Estado a não constarem, não só dos cálculos como das folhas de pessoal desses poderes.

O caso é simples de entender: durante anos, os poderes arrecadaram dos agora aposentados percentuais de desconto previdenciário para garantir o pagamento normal dos proventos só que, como o Executivo ao longo dos anos não fez o Fundo Previdenciário suficiente ao abrigo da demanda, resultado: hoje, esse mesmo Executivo paga a conta numa operação do tipo `faz de conta´.

Vou explicar novamente: legalmente é inconstitucional qualquer dos poderes abrigar inativos e aposentados nos seus cálculos (despesas), mas como não há dinheiro na retaguarda desses poderes o Governo acaba bancando com artifício legal questionado a demanda que ocorre a cada mês para pagar a esses mesmos aposentados e pensionistas.

Isso é tão sério que, se os Poderes levassem em conta esse contingente na folha, que é paga malabaristicamente, todos eles estariam muito além do limite constitucional destinado a gasto com Pessoal – o que geraria graves conseqüências administrativas e legais pela LRF.

Ninguém fala, melhor dizendo (escrevendo), poucos ousam tratar deste assunto, mas é a conta mais dolorosa que se tem notícia gerando acordos operacionais dos poderes com o Executivo porque, sem isso e do contrário, estaríamos vivendo crises como nunca se viu na esfera pública estadual.

A origem, como foi dito no início da Coluna, está lá atrás com sucessivas administrações estaduais colocando sob o tapete esse `rombo´ previdenciário que, agora, mais vale tentar resolvê-lo daqui a diante do que responsabilizar, alguns até falecidos.

Era assim: o servidor descontava 8% no contra-cheque só que esse montante nunca chegou no seu verdadeiro destino – o Fundo Previdenciário, aliás, inexistente ainda hoje porque a norma aprovada pela Assembléia Legislativa só passa a vingar no próximo ano.

Esta é a essência de um grave passivo com dias contados para terminar porque, sem essa solução, é a ingovernabilidade pura.

A aura de Mabel

Moradora agora de Intermares, Mabel Mariz – viúva do ex-governador Antonio Mariz – se divide entre encontros sociais com amigos de longas épocas, muitos de origem humilde, bem como com familiares em João Pessoa, Cabedelo e Ouro Velho.

Centrada, atenta e determinada, Mabel não quer mais saber de candidaturas – como a que aconteceu anos atrás em Sousa – pois decidiu viver a vida e ajudar no que for possível aos mais humildes da sociedade.

Fica em João Pessoa – Cabedelo, melhor dizendo – até fevereiro promovem simpatia e solidariedade.

Clerot na mira

Poucos falam por aqui no nome do ex-deputado José Luiz Clerot com possibilidade de ter seu nome ungindo para um alto cargo federal no Governo a partir de janeiro, mas não é prudente descartar essa hipótese.

Clerot é ex-parlamentar conceituado, de trânsito fácil na alta cúpula do PMDB e de aliados do Governo Lula, além de ser compadre do presidente do Senado, José Sarney.

Não é fácil, mas o talento de Clerot o credencia ao cargo.

Ruy não pára

Em pleno feriado e festejos de véspera e dia de Natal, o deputado Ruy Carneiro nem assim se via parado, recluso, como muitos fizeram nesses dias.

O pré-candidato foi visto em hospital, em diferentes bairros, nas diferentes confraternizações e ainda com tempo de ficar com família.

Esse é o ritmo que o faz se credenciar na disputa.

Ainda confraterniza

Em pleno domingo, quem foi à Serra da Borborema viu por lá o presidente da Assembléia Legislativa, Rômulo Gouveia, em meio a conchavos informais com os profissionais de comunicação de Campina Grande.

Os quilos a mais na balança não são sinônimos de peso, ou de caminhar leve, com jeito de quem está querendo se credenciar a mais.

Na mira, a Câmara Federal.

Umas & Outras
    
… A recuperação da ex-primeira Dama Fátima Paulino é visível.

… Na praia de Camboinha, o médico Reginaldo Tavares dá folga de poucos dias aos afazeres de presidente da Aliança Unimed Nacional para participar dos festejos de fim-de-ano com familiares.

… Retoma as estratégias regionais, nacionais e até internacionais logo em seguida.

… A deputada federal Lúcia Braga não aceita ser vice de Avenzoar Arruda.

… Também em Camboinha, Aila e Inaldo Leitão acatam amigos e familiares sem perder de vista o futuro através do PL.
    
Última
    
` Marcas do que se foi/
sonhos que vamos ter…´
    


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